Líder da OpenAI compara nova IA do ChatGPT com Projeto Manhattan

O cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, mostrou-se assustado com a rapidez e capacidade da próxima geração do modelo de linguagem da empresa - o GPT-5. As declarações foram feitas durante a recente ida do executivo ao podcast de Theo Von no YouTube.

sam altman, openai

© Getty Images

Miguel Patinha Dias
29/07/2025 08:50 ‧ há 2 dias por Miguel Patinha Dias

Tech

ChatGPT

O cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, marcou presença num dos mais recentes episódios do podcast ‘This Past Weekend’ de Theo Von no YouTube e aproveitou a oportunidade para falar da próxima geração do modelo de linguagem da empresa - o GPT-5.

 

Altman afirmou que nos últimos tempos o GPT-5 tem ficado cada vez mais rápido, mostrando durante a conversa com Theo Von estar até um pouco assustado com o ritmo a que o modelo de linguagem está a progredir.

O líder da OpenAI contou que a evolução do GPT-5 ficou evidente quando recebeu um e-mail com uma pergunta que não compreendeu e que, ao colocar a mesma pergunta à Inteligência Artificial, esta foi capaz de responder sem problema. Foi neste ponto que Altman comparou o GPT-5 ao 'Manhattan Project' (Projeto Manhattan) - o programa de investigação que teve lugar durante a primeira metade dos anos 1940 que levou à criação das primeiras bombas atómicas.

“Há estes momentos na história da ciência em que tens um grupo de cientistas a olharem para a sua criação e dizem apenas: ‘O que é que fizemos? Talvez seja bom, talvez seja mau, mas o que é que fomos fazer?’”, notou Altman. “Talvez o exemplo mais icónico seja aqueles cientistas que trabalharam no Manhattan Project em 1945, a verem o teste Trinity, verem este novo tipo de poder a uma escala além da humana e todos saberem que iria remodelar o mundo. Penso que as pessoas que trabalham em Inteligência Artificial têm essa mesma sensação”.

OpenAI deve lançar próxima geração do ChatGPT em agosto

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O próprio cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, já havia indicado que a empresa estava próxima de lançar o GPT-5. Trata-se do próximo modelo de Inteligência Artificial que está na base do ChatGPT.

Miguel Patinha Dias | 09:14 - 25/07/2025

O líder da OpenAI afirmou ainda que, apesar de considerar que a Inteligência Artificial trará benefícios para todos os que a utilizem, acha que “há claramente riscos reais” no avanço desta tecnologia. 

Apesar de não ter entrado em detalhes técnicos em relação ao que o terá assustado no GPT-5, serve sublinhar que - apesar de não ser a primeira vez que Altman se mostra cauteloso em relação aos avanços na área da Inteligência Artificial - é sim uma das primeiras ocasiões em que admite ficar assustado.

Durante a conversa com Theo Von foram abordados outros temas por Altman, nomeadamente o uso crescente do ChatGPT como terapeuta ou advogado e que o executivo não aconselha.

O líder da OpenAI apontou que as conversas com o ChatGPT não são abrangidas pelo mesmo tipo de confidencialidade que têm as sessões com terapeutas ou advogados, o que significa que a empresa poderá ser obrigada a entregar às autoridades conversas pessoas caso lhe venha a ser exigido.

Não use o ChatGPT como terapeuta. O conselho é do líder da OpenAI

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O cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, explicou que as conversas com ferramentas de Inteligência Artificial não estão abrangidas pela mesma proteção legal que sessões com terapeutas ou advogados. Altman também reconhece que a empresa terá de entregar conversas privadas caso lhe seja exigido por um tribunal.

Miguel Patinha Dias com Lusa | 10:26 - 28/07/2025

Apesar de tudo isto, neste conversa Altman mostrou-se mais preocupado com o efeito que os vídeos de curta duração podem ter na capacidade de atenção e de foco dos utilizadores mais jovens.

“Tenho preocupações sobre jovens e tecnologia”, explicou Altman. “Penso que o pico de dopamina dos ‘feeds’ de vídeos curtos está provavelmente a interferir com o desenvolvimento cerebral das crianças de uma forma super profunda”.

No que diz respeito ao efeito que a Inteligência Artificial pode ter nos mais jovens, Altman afirma que é um passo natural e que estes utilizadores mais jovens estarão mais capacitados e preparados para o futuro do que os trabalhadores mais jovens.

“Se olharmos para a História do mundo, as pessoas que crescem com uma nova tecnologia são sempre fluentes”, notou o líder da OpenAI. “Conseguem sempre perceber o que fazer. Essas pessoas aprendem sempre a fazer os novos trabalhos. Mas, se tens 50 anos, tens de aprender a fazer as coisas de uma forma diferente e nem sempre funciona”.

Leia Também: Meta contratou um dos criadores do ChatGPT

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