Microsoft está a testar modo de Inteligência Artificial no navegador Edge

O Modo Copilot está a ser apresentado como uma funcionalidade “experimental” e, de acordo com a Microsoft, evoluirá ao longo do tempo dentro do navegador Edge. É possível que, eventualmente, tenha algum custo associado.

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Miguel Patinha Dias
29/07/2025 08:20 ‧ ontem por Miguel Patinha Dias

Tech

Microsoft

A Microsoft anunciou que começou a testar no seu navegador Edge um novo modo equipado com Inteligência Artificial. Chama-se Modo Copilot e permite aos utilizadores pesquisar em todos os separadores abertos e lidar com tarefas (como reservar um restaurante).

 

“Estamos hoje a anunciar o Modo Copilot no Edge, o nosso primeiro passo em reinventar o navegador para a era da Inteligência Artificial”, anunciou o CEO da Microsoft, Satya Nadella, numa publicação partilhada na rede social X.

A publicação do líder da Microsoft serve ainda para exemplificar como se pode usar o Modo Copilot, com um vídeo a mostrar um utilizador com vários separadores abertos com diferentes estudos da revista científica Nature a perguntar se há algum tipo de conclusão em comum entre eles.

A gigante tecnológica refere que este modo Copilot é opcional e adianta que é uma funcionalidade “experimental”, indicando que evoluirá ao longo do tempo e à medida que continua a ser desenvolvida pelos engenheiros da Microsoft.

Mais ainda, a Microsoft sugere que o Modo Copilot no Edge é “gratuito por tempo limitado”, notando que há limites de uso para determinadas funcionalidades. Fica também no ar a possibilidade de ser associado algum tipo de subscrição ao Modo Copilot no futuro.

A era dos navegadores de Inteligência Artificial

Serve recordar que a Microsoft não é a única empresa tecnológica a trabalhar na integração de Inteligência Artificial em navegadores de Internet ou até motores de busca. Deu que falar recentemente o navegador Comet da Perplexity, com a Opera a também ter lançado este ano o Neon de forma a estar preparada para a uma ‘web’ orientada para a Inteligência Artificial.

A OpenAI não é exceção e, de acordo com os últimos rumores, é possível que “nas próximas semanas” a empresa do ChatGPT desvende o seu próprio navegador de Internet de forma a rivalizar com o Chrome da Google.

Falando na Google, a gigante tecnológica também tem procurado reforçar o seu motor de busca com mais funcionalidades de Inteligência Artificial que, no entanto, parecem estar a afetar negativamente os sites exibidos nos resultados de pesquisa.

Um relatório do Pew Research Center analisou dados de 900 adultos americanos, concluindo que seis em cada dez entrevistados (58%) realizaram pelo menos uma pesquisa no Google que produziu um resumo gerado com IA.

"Os utilizadores do Google eram menos propensos a clicar em 'links' de resultados ao visitar páginas com um resumo de IA (...) para pesquisas que resultaram num resumo gerado por IA, os utilizadores raramente clicaram nas fontes citadas", refere o documento.

Segundo os investigadores, os utilizadores que encontraram um resumo de IA aquando da sua pesquisa apenas acederam a um 'link' do resultado de pesquisa tradicional em 8% das vezes, sendo que os que não encontram um resumo de IA clicaram em 'links' resultantes da pesquisa quase duas vezes mais (15%).

Além disso, dos utilizadores que se cruzaram com um resumo de IA, apenas 1% clicou numa ligação proposta pelo próprio resumo, pelo que "os utilizadores do Google são mais propensos a encerrar totalmente a sessão de navegação depois de visitar uma página de pesquisa com um resumo de IA".

Entre as fontes mais citadas nos resumos de pesquisa criados com a tecnologia, estão a Wikipédia, YouTube e Reddit, "estes três 'sites' são as fontes mais comummente vinculadas em resumos de IA e resultados de pesquisa padrão".

Leia Também: Não use o ChatGPT como terapeuta. O conselho é do líder da OpenAI

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