JPP alerta que reconhecimento da Palestina não pode ser gesto simbólico

O deputado único do JPP considerou hoje que a intenção do Governo de avançar com o reconhecimento do Estado da Palestina constitui um "passo relevante", mas alertou que não pode ser apenas um gesto simbólico.

Filipe Sousa - JPP

© Pedro Pina - RTP

Lusa
31/07/2025 21:24 ‧ ontem por Lusa

Política

Médio Oriente

"Trata-se de um passo relevante, que vai ao encontro de um princípio básico de justiça internacional e de respeito pela autodeterminação dos povos", adiantou o deputado Filipe Sousa numa reação escrita envida à agência Lusa.

 

Em causa está a intenção, anunciada hoje pelo gabinete do primeiro-ministro, de ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a "considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano" na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

Segundo o parlamentar do JPP, este passo "só terá verdadeiro significado" se se traduzir numa atuação diplomática "coerente, consequente e assente em valores claros", alegando que o reconhecimento de um Estado "não pode ser um gesto simbólico ou isolado, sob pena de perder força e credibilidade".

Filipe Sousa salientou ainda que o seu partido "tem sido firme em defender uma abordagem ética" nas relações internacionais, apontando o exemplo de quando Portugal se "absteve de apoiar a referência explícita ao povo palestiniano numa declaração da CPLP sobre o uso da fome como arma de guerra".

"Saudamos a evolução agora anunciada, mas reafirmamos que a dignidade de um povo não se protege com hesitações, nem com palavras vagas. A justiça internacional exige posições claras e consequentes", alertou ainda o deputado.

Numa declaração conjunta assinada no final da conferência da ONU, Portugal admitiu reconhecer o Estado da Palestina e declarou-se empenhado em trabalhar no "dia seguinte" em Gaza.

Pela Europa, assinam a declaração Andorra, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, San Marino, Eslovénia e Espanha.

Entre os 27 da União Europeia, quatro países já reconheceram o Estado palestiniano - Espanha, Irlanda, Eslovénia e Suécia.

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