Sete candidaturas anunciadas a Lisboa (enquanto se equacionam coligações)

Uma coligação e seis partidos têm já cabeças de lista anunciados para as autárquicas em Lisboa - CDU, Nova Direita, PS, BE, Ergue-te, Chega e PSD -, mas é ainda incerto se há novos acordos entre as forças políticas.

Câmara Municipal de Lisboa

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Lusa
12/07/2025 13:09 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Autárquicas

A Câmara de Lisboa é presidida desde 2021 por Carlos Moedas, que governa sem maioria absoluta, eleito pela coligação Novos Tempos - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança. A decisão de tentar um segundo mandato nas eleições de 12 de outubro foi anunciada pelo social-democrata na quinta-feira, sem adiantar se haverá uma coligação entre PSD, CDS-PP e IL.

 

Engenheiro civil e antigo comissário europeu, Carlos Moedas, de 54 anos, diz que ainda tem "muito para dar aos lisboetas", afirmando que "em apenas quatro anos ninguém consegue resolver os males que um executivo socialista criou durante 14 anos".

Além de uma possível coligação à direita, poderá ser apresentada uma candidatura conjunta de forças de esquerda, na sequência de negociações já em curso entre PS, BE, Livre, PAN e movimento Cidadãos Por Lisboa, apesar de socialistas e bloquistas terem anunciado em janeiro candidaturas próprias.

Fora dessas negociações está a CDU, coligação que junta PCP e PEV, responsável pela primeira candidatura à presidência da Câmara de Lisboa publicamente anunciada: em setembro de 2024, foi anunciado como cabeça de lista o comunista João Ferreira, que desde 2013 tem assumido essa posição nas listas e tem sido eleito vereador.

Licenciado em Biologia e antigo eurodeputado, João Ferreira, de 46 anos, apresenta-se como "alternativa e espaço de convergência" de quem luta "pelo direito à cidade", desde a habitação à saúde.

Também repetindo a experiência de ser candidata na capital, Ossanda Líber foi indicada em janeiro como a cabeça de lista do Nova Direita, partido que fundou, que foi oficializado em 2024 e que se estreia este ano em autárquicas. A sua anterior foi em 2021, pelo movimento independente Somos Todos Lisboa.

Com uma carreira profissional como gestora, Ossanda Líber, de 47 anos, diz que é "a força de que Lisboa precisa", prometendo um programa eleitoral focado na habitação e na segurança.

Ainda em janeiro, a terceira candidatura confirmada foi a do PS, encabeçada pela militante Alexandra Leitão e anunciada pelo então secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.

Jurista e professora de Direito, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública de 2019 a 2022, Alexandra Leitão, de 52 anos, considera que "Lisboa precisa de uma liderança real, que decida em diálogo, não de cenários fabricados ou de mera propaganda", comprometendo-se com medidas concretas para resolver os problemas da cidade, da habitação à segurança.

Dias depois, surgiu a candidatura do BE, protagonizada pela atriz Carolina Serrão, de 35 anos, membro da concelhia de Lisboa, com o compromisso de "criar uma alternativa política que possa romper com a cidade das desigualdades agravadas por Carlos Moedas".

A prioridade do BE é que Lisboa volte a ser "uma cidade para quem nela vive e trabalha, e não para os lucros de poucos", tendo, por isso, como objetivos garantir habitação acessível, transformar a mobilidade, investir na higiene urbana, reforçar a justiça social e preparar o território para as alterações climáticas.

Na corrida entrou também o ultranacionalista de extrema-direita Ergue-te, que tem como cabeça de lista o presidente honorário do partido, José Pinto Coelho, de 64 anos, para "acabar com o multiculturalismo" existente na capital.

"Lisboa é hoje uma cidade ocupada, onde a minoria dos habitantes é portuguesa", defende José Pinto Coelho, que é designer gráfico e que concorre à presidência da Câmara de Lisboa pela quinta vez (2005, 2007, 2009, 2017 e 2025), as últimas quatro pelo Partido Nacional Renovador (PNR), antecessor do Ergue-te.

Em junho, o Chega anunciou o deputado municipal Bruno Mascarenhas, de 53 anos e licenciado em Relações Internacionais, como primeiro da lista à câmara, na qual não conseguiu obter mandatos em 2021, na estreia autárquica.

Foi através do CDS-PP que Bruno Mascarenhas desempenhou funções políticas em autarquias da cidade, inclusive na freguesia da Estrela, defendendo agora "uma visão de cidade funcional e objetiva", desde o combate à corrupção à "luta contra a islamização".

Com 100,05 quilómetros quadrados, Lisboa tinha 575.739 habitantes em 2024, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação Novos Tempos, três do PS (elegeu cinco, mas perdeu dois após várias renúncias aos mandatos, cumprindo a lista da candidatura em coligação), três dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

Quanto à assembleia municipal, em 2021 a lista mais votada foi a da Novos Tempos, encabeçada por Isabel Galriça Neto (CDS-PP), que conseguiu 17 mandatos, tal como a de PS/Livre, tendo sido eleita como presidente órgão Rosário Farmhouse (PS).

Leia Também: Autárquicas? "Nós vamos conseguir eleger. Resultado será bastante melhor"

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