"Houve uma reativação forte, por volta das 16h35, na zona da Tapada do Loureiro, em Portalegre, que foi onde eclodiu o incêndio", disse à agência Lusa fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e proteção Civil do Alto Alentejo.
Segundo a mesma fonte, "os meios foram reforçados no terreno e temos três meios aéreos que estão a apoiar o combate" às chamas.
"Temos indicações de que a reativação poderá estar a ceder aos meios, mas ainda é prematuro fazer previsões, temos que esperar", acrescentou.
No restante perímetro do incêndio, de acordo com o comando sub-regional, continuam a ser realizados trabalhos de consolidação e rescaldo, assim como de vigilância.
"Vamos ter que manter alguns cuidados porque vamos ter rotação de ventos", alertou.
Às 17h30, encontravam-se mobilizados no teatro de operações, além dos três meios aéreos, 240 operacionais, apoiados por 78 viaturas.
A área ardida no incêndio em Portalegre e Castelo de Vide, dominado na manhã de hoje, ronda os 1.300 hectares e as chamas afetaram algumas casas de 2.ª habitação e devolutas, revelaram hoje à Lusa as autoridades.
"No conjunto dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 1.300 hectares", estimou o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita.
Contactado também pela Lusa, o 2.º comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, João Vaz, confirmou que, para já, essa é a área apontada.
De acordo com o autarca António Pita, a área consumida pelo sinistro é quase toda "dentro do Parque Natural da Serra de São Mamede".
"E, por isso, além dos outros danos, temos também uma perda grande em termos de biodiversidade", acentuou.
A Câmara de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, já começou a efetuar o levantamento dos danos provocados pelas chamas, o que deverá ficar concluído dentro de "alguns dias".
Segundo o autarca, houve um conjunto de casas, cujo número total o município de Castelo de Vide ainda não sabe avançar, afetado pelo fogo.
"Há casas devolutas e casas de segunda habitação que foram afetadas", indicou, acrescentando que o mesmo aconteceu com "infraestruturas da EDP, de comunicações, da própria linha de caminhos-de-ferro, como um troço do antigo ramal de Cáceres, cercas, vedações e prejuízos na parte florestal.
O incêndio dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide deflagrou às 14h01 de quinta-feira e foi considerado dominado às 10h19 de hoje, após um reconhecimento aéreo a todo o perímetro.
[Notícia atualizada às 18h29]
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