O Conselho de Administração (CA) da RTP "manifesta o seu mais vivo repúdio e a sua profunda indignação pela decisão das autoridades guineenses", expressando também "solidariedade à Agência Lusa e aos seus profissionais, alvo das mesmas sanções", lê-se em comunicado.
"Esta medida, só não surpreende porque é o culminar de vários incidentes registados nos últimos meses contra os profissionais e o património da RTP naquele país, o que levou ao envio recente de uma carta da administração da RTP ao Presidente da República da Guiné-Bissau, pedindo esclarecimentos sobre se os nossos profissionais poderiam continuar a desenvolver a sua atividade de forma livre, independente e em segurança no seu país", considerou o CA do canal público.
Para a RTP, esta decisão é "um grave atropelo à missão de informar, silencia os meios de comunicação internacionais, é inadmissível face às relações entre os dois povos e atinge igualmente a rádio e a televisão públicas guineenses, que desde sempre tem recebido o apoio material e formativo por parte do grupo público português de media".
O CA indica ainda que a RTP está a colaborar com as autoridades portuguesas e que "tudo fará para que esta decisão possa ser revertida tão breve quanto possível".
O Governo da Guiné-Bissau ordenou a saída dos representantes das delegações até à próxima terça-feira.
Não foram avançadas razões para esta decisão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português repudiou a expulsão, que classificou de "altamente censurável e injustificável", anunciando que vai pedir explicações ao Governo guineense.
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