Em declarações à agência Lusa, a fonte da ANEPC indicou que os meios mobilizados para essa reativação, na zona onde o incêndio deflagrou na quinta-feira, na Tapada do Loureiro, no concelho de Portalegre, "resolveram a situação".
Por isso, "o incêndio voltou a ficar em resolução", ou seja, considerado como estando dominado, indicou, confirmando, quando questionado pela Lusa, que prosseguem trabalhos de consolidação e rescaldo, assim como de vigilância.
Neste sinistro, mantinham-se no terreno, por volta das 19h00, 230 operacionais, auxiliados por 74 viaturas.
Também no distrito de Portalegre, mas no concelho de Nisa, na zona de São Gens, deflagrou um outro incêndio às 18h13 que, às 19h15 de hoje, mobilizava já 93 operacionais, 19 viaturas e quatro meios aéreos, de acordo com a página de Internet da ANEPC, consultada pela Lusa.
"É um incêndio que está a arder com muita intensidade e a queimar mato e sobreiros", precisou à Lusa a fonte da ANEPC.
Quanto ao fogo nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, deflagrou às 14h01 de quinta-feira e foi considerado dominado às 10h19 de hoje, após um reconhecimento aéreo a todo o perímetro.
Hoje à tarde, por volta das 16h35, o sinistro teve uma "forte reativação", entretanto resolvida.
A área ardida nos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide ronda os 1.300 hectares e as chamas afetaram algumas casas de segunda habitação e devolutas, revelaram as autoridades.
"No conjunto dos concelhos de Portalegre e Castelo de Vide, estamos a falar de uma área ardida na ordem dos 1.300 hectares", estimou o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita.
De acordo com o autarca, a área consumida pelo sinistro é quase toda "dentro do Parque Natural da Serra de São Mamede", o que também implica "uma perda grande em termos de biodiversidade".
A Câmara de Castelo de Vide já começou a efetuar o levantamento dos danos, que deverá ficar concluído dentro de "alguns dias".
"Há casas devolutas e casas de segunda habitação que foram afetadas", indicou, acrescentando que o mesmo aconteceu com "infraestruturas da EDP, de comunicações, da própria linha de caminhos-de-ferro, como um troço do antigo ramal de Cáceres, cercas, vedações e prejuízos na parte florestal.
[Notícia atualizada às 19h38]
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