Carneiro avisa que "maiorias e as minorias são sempre muito transitórias"

O secretário-geral do PS avisou hoje que as maiorias e as minorias são sempre "muito transitórias", aludindo à maioria parlamentar de direita, sublinhando que é muito importante que o Governo não se esqueça disso.

José Luís Carneiro

© Mário Vasa / Global Imagens

Lusa
06/08/2025 21:59 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

PS

"Há algo que a democracia nos ensina, é que as maiorias e as minorias são sempre muito transitórias e é muito importante que o Governo tenha consciência disso", disse José Luís Carneiro, instado pelos jornalistas a reagir ao facto de o Chega ter desafiado o PSD para uma proposta conjunta sobre a legislação laboral.

 

O líder do PS falava durante uma visita ao Festival da Sardinha, em Portimão, em que esteve acompanhado do presidente e candidato à Câmara de Portimão, Álvaro Bila, e pelo deputado socialista Luís Graça, entre outros.

Em conferência de imprensa realizada hoje, André Ventura disse ter transmitido na terça-feira ao líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que o Chega está preparado para participar numa "proposta conjunta" para que as alterações à legislação laboral possam ser aprovadas "sem qualquer necessidade do PS", no arranque dos trabalhos parlamentares.

Questionado pelos jornalistas sobre o facto de o Chega estar a tentar afastar o PS da proposta de reforma da legislação laboral, José Luís Carneiro disse que o partido não aceita "lições de ninguém", lembrando que o seu percurso nessa matéria foi "imenso".

"Eu reafirmo aquilo que são valores fundamentais do Partido Socialista. Para nós, é inaceitável a precariedade das relações laborais, nomeadamente no que tem a ver com a proteção dos direitos das mulheres trabalhadoras, dos jovens trabalhadores e, ao mesmo tempo, bater-nos-emos por remunerações adequadas [...], procurando que Portugal acompanhe aquilo que são as melhores práticas internacionais", sublinhou.

José Luís Carneiro aproveitou para dizer que considera "incompreensível" que um Governo "que diz que quer atrair imigração altamente qualificada queira, ao mesmo tempo, contribuir para a compressão dos salários", sobretudo dos jovens mais qualificados.

"Ora, nós ou queremos ter empresas do século XXI e que não estão a regatear o direito à amamentação, o direito ao descanso aos fins de semana e à noite e estão disponíveis para dar estabilidade e dignidade no exercício das atividades profissionais, ou então, do que estamos a falar, de uma economia que não tem capacidade para subsistir no futuro [...]", concluiu.

Numa entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que há abusos de algumas mães na utilização do direito à dispensa para amamentação dos filhos e considerou difícil compreender que crianças com mais de dois anos tenham de ser amamentadas durante o horário de trabalho.

O anteprojeto de reforma da legislação laboral, que prevê, segundo o Governo, a revisão de "mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho", já foi apresentado aos parceiros sociais e será negociado em sede de Concertação Social.

Leia Também: "Figura incontornável". Carneiro lamenta morte prematura de Jorge Costa

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