O líder do movimento neonazi 1143, Mário Machado, foi agredido, esta quarta-feira, na prisão de Alcoentre, avançou na SIC Notícias Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional.
"Esta agressão, pela informação que tenho, foi feita por indivíduos de etnia cigana, reclusos que, quando Mário Machado foi à cela colocar as coisas, o agrediram", revelou Frederico Morais.
O responsável considerou que Mário Machado até "teve sorte" por haver "guardas suficientes" para o socorrer.
"Respeitaram as ordens, pararam e conseguiram retirar o recluso, que neste momento está noutra ala. É importante dizer que os guardas prisionais são cada vez menos. Aquele é um estabelecimento prisional que neste momento está em greve ao trabalho suplementar devido à exploração que o corpo da guarda sofre neste momento e teve sorte. Poderíamos estar aqui a falar de um caso bem mais grave devido à falta de guardas prisionais", explicou o presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional.
No final de maio, a Polícia Judiciária (PJ) deteve Mário Machado para cumprimento de uma pena de dois anos e dez meses de prisão efetiva.
Recorde-se que foi em 2022 que, no âmbito de uma investigação conduzida pela PJ, o tribunal deu como provado o incitamento ao ódio e à violência contra mulheres.
Em causa neste processo estavam mensagens publicadas na rede social, atribuídas a Mário Machado e Ricardo Pais - também condenado neste processo -, em que estes apelavam à "prostituição forçada" das mulheres dos partidos de esquerda, e que visaram em particular Renata Cambra.
Mário Machado e Ricardo Pais foram condenados em primeira instância a 7 de maio de 2024, tendo na altura, o advogado de defesa José Manuel Castro manifestado a sua surpresa com a sentença, considerando-a "injustificada e pesada" e a esperança numa absolvição de Mário Machado pela Relação de Lisboa, o que não se verificou.
[Notícia atualizada às 13h23]
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