Fernando Alexandre é um dos 13 ministros do executivo cessante que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, decidiu manter no Governo, uma opção elogiada pela FNE que diz valorizar a estabilidade governativa em áreas estruturais como a educação e vê a recondução do ministro da Educação, Ciência e Inovação com "expectativa construtiva".
Em reação à nomeação, a federação justifica, em comunicado, que "durante o exercício do seu mandato anterior, o ministro Fernando Alexandre evidenciou disponibilidade para o diálogo com os representantes dos trabalhadores da educação".
Porém, sublinha que a estabilidade só será "verdadeiramente positiva num compromisso firme com o diálogo, o respeito pelos direitos dos profissionais, (...) e da valorização efetiva das carreiras e condições de trabalho".
Por isso, a FNE espera que o novo executivo, que tomou posse na quinta-feira, prossiga os processos negociais interrompidos na sequência da queda do Governo, e concretize "respostas urgentes às reivindicações".
Desde logo, referem as negociações no âmbito da revisão do estatuto da carreira docente, que começaram no final do ano passado e o calendário da tutela apontava para ter o novo diploma em vigor no ano letivo de 2026/2027.
Para esse processo, os representantes dos professores pedem rigor, eficiência e sentido de responsabilidade e defendem que questões como a escassez de professores, tempo de serviço perdido nas reconfigurações da carreira, monodocência, sobrecarga horária, excesso de burocracia e indisciplina nas escolas devem ser prioritárias.
Outra das matérias destacadas pela FNE é a abertura de concursos para o pessoal de apoio educativo, pondo fim à precariedade.
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