Duas estudantes do movimento pelo Fim ao Fóssil foram retiradas do comício da AD, esta noite, no Campo Pequeno, em Lisboa, e "levadas para a esquadra, após terem interrompido Luís Montenegro no seu discurso".
O Notícias ao Minuto contactou a Polícia de Segurança Pública (PSP) do Comando Metropolitano de Lisboa para confirmar as duas detenções. No entanto, a PSP não confirmou, nem desmentiu o sucedido.
Em comunicado, enviado às redações, o movimento escreve que as duas estudantes "encontram-se retidas na esquadra da Penha de França".
As duas ativistas, "que se encontravam no meio da plateia, levantaram-se e questionaram o líder do PSD" sobre se "este se iria comprometer com o Fim ao Fóssil até 2030" e que "antes de poderem concluir, foram retiradas da sala à força".
Lê-se ainda que, "segundo as mesmas, a polícia exerceu força excessiva, algemando-as e transportando-as até à esquadra em que tiveram uma revista sem consentimento, sem nunca lhes darem justificação do porquê".
No comunicado, a porta-voz do movimento, Catarina Bio, diz que "este protesto, reivindicado pela Greve Climática Estudantil" acontece porque "o PSD, nem nenhum partido, tem planos para travar o colapso climático".
E acrescentou: "Os planos atuais significam o nosso futuro em chamas e o colapso dos ecossistemas e da sociedade. Nesta campanha eleitoral, a nossa geração não ouviu uma única medida que podemos dizer que garante o nosso futuro. Essa medida é o fim ao fóssil até 2030, podemos ser detidas e estranguladas mas nada nos trás mais medo que a crise climática".
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