A reunião será novamente realizada 'online', como aconteceu na quarta-feira, com a presença, entre outros líderes, do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e está marcada para as 13h00 GMT (14h00 de Lisboa).
Esta nova reunião, confirmada por fontes no Palácio do Eliseu, visa discutir os acontecimentos recentes, incluindo a cimeira de sexta-feira no Alasca entre os Presidentes americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, e a viagem a Washington na próxima segunda-feira do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Macron já tinha anunciado hoje, na rede social X, a iminente convocação de uma reunião da Coligação dos Dispostos, com vista a alcançar progressos "concretos" em aspetos-chave, como as garantias de segurança exigidas pelas autoridades ucranianas no conflito com a Rússia.
Nesse sentido, Macron e outros líderes de países europeus, da União Europeia (UE) e da aliança atlântica NATO indicaram numa declaração conjunta que "a Coligação dos Dispostos está pronta para desempenhar um papel ativo" na obtenção dessas garantias.
A mensagem também afirma a capacidade da Ucrânia de decidir o seu futuro político, afirmando que "a Rússia não pode ter o poder de vetar a adesão à UE e à NATO", apesar de o próprio Trump ter lançado dúvidas sobre a adesão da Ucrânia a este último bloco, do qual os Estados Unidos são membro.
A cimeira do Alasca, que decorreu na sexta-feira, terminou sem acordos sobre a guerra. Trump voltou a rever a sua posição, dizendo que já não considera necessário um cessar-fogo e defendendo a negociação "direta" de um acordo de paz.
O encontro foi o primeiro dos Presidentes norte-americano e russo desde 2018 e marcou o regresso de Vladimir Putin aos Estados Unidos, após 10 anos de ausência, bem como a um grande palco diplomático, apesar de procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, e de relações suspensas entre Washington e Moscovo desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
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