Numa publicação na rede X, o primeiro-ministro polaco observou que o jogo em que está em causa o futuro da Europa e da Ucrânia entrou numa "fase decisiva".
"Hoje é ainda mais evidente que a Rússia só respeita os fortes, e Putin demonstrou mais uma vez que é um jogador astuto e implacável", afirmou Tusk, insinuando que o Presidente russo conseguiu defender os seus interesses com mais habilidade do que Trump.
"Por isso, é crucial manter a unidade de todo o Ocidente", enfatizou o primeiro-ministro polaco e antigo líder do Conselho Europeu.
Juntamente com vários colegas europeus, Tusk publicou hoje uma declaração conjunta que destacou a necessidade de Kyiv obter garantias de segurança e que não seja imposta qualquer limitação ao seu exército como parte de um acordo.
Gra o przyszłość Ukrainy, bezpieczeństwo Polski i całej Europy weszła w decydującą fazę. Dziś widać jeszcze wyraźniej, że Rosja szanuje wyłącznie silnych, a Putin okazał się po raz kolejny graczem sprytnym i bezwzględnym. Dlatego tak ważne jest utrzymanie jedności całego Zachodu.
— Donald Tusk (@donaldtusk) August 16, 2025
Além disso, sublinhou que uma solução negociada deve reconhecer a liberdade da Ucrânia de aderir à União Europeia (UE) e à NATO (aliança do Atlântico Norte), não podendo incluir concessões territoriais sem o consentimento de Kyiv.
A declaração conjunta foi assinada, além do polaco, pelos chefes de Estado e de Governo da Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Finlândia, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa.
A cimeira do Alasca, que juntou Putin e Trump na sexta-feira, terminou sem um acordo de cessar-fogo, como pretendia o Presidente norte-americano, que hoje já veio defender a obtenção de um acordo de paz para terminar a guerra iniciada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
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