Irão trabalha com China e Rússia para evitar possíveis sanções europeias

O Presidente do Irão afirmou disse hoje que o país estava a trabalhar com a China e a Rússia para evitar possíveis sanções europeias relacionadas com o programa nuclear iraniano.

Abbas Araghchi

© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
14/08/2025 23:00 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Irão

"Estamos a trabalhar com a China e a Rússia para impedir a implementação" de sanções contra o Irão, disse Abbas Araghchi em entrevista à televisão estatal iraniana.

 

A Alemanha, o Reino Unido e a França (grupo conhecido como E3)indicaram estar prontos para acionar sanções, se não for encontrada nenhuma solução negociável para o programa nuclear iraniano até ao final de agosto, numa carta enviada na terça-feira ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

O governante iraniano referiu que se as sanções europeias avançarem, Teerão "tem as ferramentas para reagir".

Os três países europeus, juntamente com China, Rússia e Estados Unidos, estiveram nas negociações do acordo nuclear de 2015 com as autoridades iranianas. O acordo previa o controlo das atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções internacionais.

Em 2018, o acordo ficou sem efeito com a retirada unilateral dos EUA, durante a primeira presidência de Donald Trump.

Há meses que o Ocidente tenta renegociar um tratado para regular o programa nuclear, apesar das suspeitas de que o Irão procura adquirir armas nucleares, o que o país nega.

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o Irão é o único Estado sem armas nucleares a enriquecer urânio a um nível elevado (60%), muito acima do limite de 3,67% estabelecido pelo tratado.

Para Teerão, o enriquecimento de urânio é um direito "inegociável" para o desenvolvimento de um programa nuclear civil.

A guerra, desencadeada por um ataque israelita sem precedentes ao Irão, em junho, atrasou o programa iraniano, mas também interrompeu as negociações entre Teerão e Washington, por um lado, e com os três países europeus, por outro.

Leia Também: Líbano acusa Irão de "ingerência inaceitável" no apoio ao Hezbollah

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