Zelensky e os aliados europeus intensificaram iniciativas diplomáticas para pôr fim à guerra na Ucrânia, com cada um dos lados a procurar afirmar posições antes da reunião em Ancorage, capital do Estado norte-americano do Alasca.
Trump e Putin vão encontrar-se na base militar de Elmendorf-Richardson, cuja importância estratégica atingiu o auge durante a Guerra Fria.
O presidente russo, Vladimir Putin, vai deslocar-se ao Alasca numa altura em que as forças russas conquistaram terreno significativo em território ucraniano.
As tropas russas disseram ter conquistado mais de 110 quilómetros quadrados até 12 de agosto.
A Ucrânia ordenou nas últimas horas a retirada de famílias de dez cidades do leste do país.
A Rússia exige que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Luhansk, Zaporijia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014.
A Rússia pretende que Kyiv renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e rejeita a adesão da Ucrânia à NATO.
Para Kyiv, estas exigências são inaceitáveis.
Segundo a Agência France-Presse, paralelamente, a pressão está a ser exercida no campo de batalha, verificando-se a uma investida militar russa nos últimos dias.
Por outro lado, as forças da Ucrânia dispararam dezenas de aparelhos aéreos não tripulados contra território russo durante a última noite, incendiando uma refinaria e ferindo três pessoas perto de Volgogrado (sul).
Na quarta-feira, o chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, disse que manteve uma "conversa muito boa" com o presidente ucraniano e com líderes de países europeus, da União Europeia e da Aliança Atlântica.
Trump referia-se aos contactos estabelecidos com Zelensky e líderes europeus, por meios remotos, na quarta-feira.
"Esperamos que o tema central da reunião" no Alasca seja "um cessar-fogo imediato", disse Zelensky na quarta-feira.
Keir Starmer, por sua vez, falou de uma hipótese real de cessar-fogo.
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