O anúncio foi feito pelo porta-voz do poder judicial, Asghar Jahangiri, que indicou que alguns dos 20 detidos foram libertados e as acusações retiradas, embora não tenha especificado quantos, informou a agência de notícias Mizan.
Os restantes casos estão sob investigação e Jahangiri alertou que não haverá "nenhuma misericórdia" se os suspeitos forem considerados culpados de colaboração com Israel.
"O sistema judicial não terá misericórdia ao lidar com espiões e agentes sionistas e ensinará uma lição a todos os espiões e agentes do regime sionista com sentenças firmes", advertiu.
Há três dias, o Irão executou um prisioneiro condenado por "espiar para Israel" e que era acusado de partilhar informações sobre um cientista nuclear morto durante o conflito em junho entre os dois estados.
Nos últimos dois meses, o Irão enforcou pelo menos outros três prisioneiros por colaborarem com os serviços de informação de Israel, em plena ofensiva israelita contra a República Islâmica.
Israel bombardeou ao longo de quase duas semanas instalações militares, nucleares e civis, causando mais de mil mortos, incluindo dezenas de altos oficiais militares iranianos e cientistas.
Segundo Israel, o Irão estava prestes a obter uma arma atómica, o que é refutado por Teerão, alegando que o seu programa nuclear tem fins civis e pacíficos.
O Irão respondeu a estes ataques lançando mísseis e 'drones' contra território israelita diariamente, resultando cerca de 30 mortes.
Durante e após a guerra, as autoridades iranianas anunciaram várias detenções de indivíduos suspeitos de espionagem ao serviço de Israel.
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