Israel bombardeia alvos do Hezbollah no sul do Líbano

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram ter bombardeado hoje infraestruturas do movimento xiita Hezbollah no sul do Líbano, com as autoridades libanesas a darem conta de pelo menos dois feridos nos ataques.

Israeli airstrikes in Jabal Al Rayhan, Lebanon

© Lusa

Lusa
06/08/2025 23:04 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Em comunicado, as IDF afirmaram ter atacado "infraestruturas terroristas do Hezbollah no sul do Líbano", tendo sido atingidas "instalações de armazenamento de armas do Hezbollah, um lançador de mísseis" e locais de "armazenamento de ferramentas de engenharia que permitiram o restabelecimento da infraestrutura terrorista na área".

 

"A organização terrorista Hezbollah continua a tentar restabelecer as infraestruturas terroristas em todo o Líbano, utilizando a população libanesa como escudo humano. A presença de armas e a actividade do Hezbollah na zona constituem uma violação dos acordos entre Israel e o Líbano", adiantam as IDF.

A Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa adiantou que os ataques atingiram uma área entre as cidades de Yahmar al-Shaqif e Aadchit al-Qusayr, e que ações "violentas" também foram registadas nos arredores das cidades de Deir Siryan e Qantara.

Em Deir Siryan, um bombardeamento feriu pelo menos duas pessoas, de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde Pública libanês, que frisou que o número de vítimas é ainda "preliminar".

Nesta cidade, segundo a ANN, foi atingida várias vezes uma garagem para veículos e escavadoras localizada próximo de habitações, e os ataques contínuos de 'drones' impediram os serviços de emergência de chegar a outro local alvo em Deir Yassin.

Na terça-feira, pelo menos uma pessoa morreu quando um 'drone' israelita atacou um carro no Vale do Bekaa, no leste do Líbano, informou o Ministério da Saúde Pública libanês.

Na quinta-feira passada, uma onda de bombardeamentos atingiu várias zonas naquela região oriental e também na zona mais a sul de Jezzine, a 40 km ao sul de Beirute, matando quatro pessoas, segundo dados oficiais.

Apesar do cessar-fogo acordado entre os dois países, em 27 de novembro de 2024, Israel continuou a atacar o Líbano com bombardeamentos que alega serem dirigidos contra membros do grupo xiita Hezbollah ou infraestruturas pertencentes ao movimento.

O ataque de hoje ocorreu numa altura em que o governo libanês discute o desarmamento do Hezbollah, algo que o movimento xiita condiciona a um fim prévio dos bombardeamentos israelitas e à retirada das tropas de Israel do território libanês.

Nos termos do acordo de trégua, o Hezbollah deveria retirar os seus combatentes para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita, onde apenas o exército libanês e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas devem ser destacados.

Israel, que deveria ter retirado completamente as suas tropas, mantém-nas em cinco posições fronteiriças que considera estratégicas.

Telavive acusou as autoridades libanesas de não fazerem o suficiente para desarmar o grupo xiita.

Após a guerra do ano passado, o Estado libanês procura limitar a posse de armas exclusivamente às forças de segurança oficiais, mas até agora tem favorecido a rendição voluntária do Hezbollah para evitar a eclosão de potenciais conflitos internos.

Juntamente com o Hamas em Gaza, os Huthis no Iémen e outros movimentos armados de menor dimensão no Médio Oriente, o Hezbollah faz parte do chamado "eixo da resistência", que agrupa aliados iranianos que concertam ações contra Israel.

A campanha militar de Israel contra o Hezbollah em 2024 saldou-se pela eliminação de alguns dos seus principais líderes, centenas de combatentes e equipamento militar, incluindo 'rockets' e mísseis usados em ataques contra território israelita.

O Hezbollah começou a lançar projéteis contra Israel no dia seguinte aos ataques do seu aliado palestiniano Hamas em território israelita, em 07 de outubro de 2023, que provocaram a guerra em curso na Faixa de Gaza.

Leia Também: Hezbollah diz que Líbano cometeu "pecado grave" ao decidir desarmar grupo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas