Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou hoje que Nour Attalah, que tem 25 anos e tinha chegado a França a 11 de julho, partiu com destino ao Qatar "para continuar os seus estudos".
O chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, sublinhou "o caráter inaceitável" das declarações que levaram à expulsão do país da estudante palestiniana, que argumentou que tinha escrito tais mensagens antes de chegar a França, embora as autoridades francesas as tenham descoberto depois.
Na sua conta da rede social X, Attalah emitiu apelos para "matar os judeus em todo o lado", pedindo que fossem captadas "imagens de alta resolução" das execuções dos reféns que o movimento islamita palestiniano Hamas sequestrou e mantém em cativeiro na Faixa de Gaza desde o seu ataque a território israelita, a 07 de outubro de 2023, para que estas pudessem ser mostradas a um "Ocidente perverso".
Depois de estas e outras mensagens da estudante palestiniana terem chegado ao debate público em França, Barrot reconheceu, na sexta-feira, que haviam sido cometidas "falhas" no processo de atribuição da bolsa de estudos e de acolhimento da estudante palestiniana em França, e comunicou que ficava congelada a entrada no país de palestinianos procedentes da Faixa de Gaza até que fosse efetuada uma revisão para evitar que tal situação se repetisse.
O Governo francês agradeceu às autoridades do Qatar pela sua "cooperação determinante" para encontrar uma saída para esta crise.
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