O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, espera que o chefe do exército britânico não tenha razão quando diz que o país terá de combater, numa guerra, dentro de três anos, mas alerta que a "ameaça da Rússia não pode ser ignorada" e o Reino Unido "tem de estar preparado".
"A Rússia mostrou nas últimas semanas que não está a falar a sério sobre a paz", defendeu Starmer, em entrevista à BBC, esta segunda-feira.
Além disso, reconheceu que o "mundo mudou" e enfrenta agora uma fase de "maior instabilidade", que obrigará o Reino Unido a rever as despesas na área da defesa.
"Os princípios são a prontidão para a guerra, a existência de forças armadas integradas e uma abordagem que dê prioridade à NATO. Se o mundo mudou, então temos de estar preparados. Se queremos evitar um conflito, a melhor forma de o fazer é prepararmo-nos para o conflito", acrescentou o primeiro-ministro britânico.
Recorde-se que em fevereiro o Reino Unido anunciou que vai aumentar a despesa em defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto em 2027 à custa do orçamento da ajuda externa.
Na altura, Starmer adiantou que, em função das condições económicas e orçamentais e outras necessidades estratégicas e operacionais, o objetivo é aumentar este valor para 3% durante um próximo mandato, se for reeleito.
Assim, a partir de 2027, o governo britânico prevê gastar mais 13,4 mil milhões de libras (16,2 mil milhões de euros) na defesa todos os anos.
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