O porta-voz dos talibãs, Quraishi Badlon, disse à agência EFE que as libertações ocorreram na província de Nangarhar, com base num decreto de amnistia do líder dos talibãs, Hibatullah Akhundzada.
O Eid al-Adha, um dos dois feriados mais importantes do calendário islâmico, comemora a vontade do profeta Ibrahim de sacrificar o seu filho como ato de obediência a Deus.
Além das libertações, Badlon adiantou que as penas de prisão de outras 385 pessoas detidas na prisão de Nangarhar foram reduzidas no âmbito do mesmo decreto.
A libertação de prisioneiros nos principais feriados religiosos tem sido uma prática recorrente no Afeganistão.
Em março, o Supremo Tribunal, também sob o controlo dos talibãs, anunciou a libertação de mais de 2.000 prisioneiros em todo o país, por ocasião do fim do Ramadão.
Embora se desconheça a natureza específica das "várias infrações penais" cometidas, o as detenções no Afeganistão têm vindo a aumentar, com centenas de pessoas presas por alegados crimes contra a moral.
O sistema prisional do Afeganistão tem sofrido alterações significativas nos últimos anos.
Um relatório das Nações Unidas, publicado em 2023, que abrange o período entre a tomada do poder pelos talibãs, em 2021, documentou pelo menos 800 casos de prisões e detenções arbitrárias de pessoas ligados ao antigo Governo e às suas forças de segurança.
Mais de 1.300 pessoas foram detidas por "atos imorais", na sequência da aplicação da interpretação de lei islâmica pelo Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício.
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