"As milícias lançaram um ataque com drones contra o Hospital da Segurança Social, matando seis pessoas e ferindo 12", disse uma fonte do exército.
Os paramilitares também atacaram "bairros residenciais com artilharia pesada", visando em particular um segundo hospital, acrescentou a mesma fonte.
Uma fonte médica do principal hospital de El-Obeid confirmou este número, acrescentando que o hospital da Segurança Social teve de encerrar devido aos danos causados pelo ataque.
Em fevereiro, o exército sudanês quebrou o cerco paramilitar de quase dois anos a El-Obeid, situada num cruzamento estratégico que liga a capital Cartum à região ocidental do Darfur.
Nas últimas semanas, os combatentes das RSF intensificaram os ataques a El-Fasher, o último grande centro urbano do Darfur ainda sob controlo do exército, e aos campos de deslocados circundantes, Abu Shuk e Zamzam.
Na quinta-feira, os paramilitares afirmaram ter tomado duas cidades estratégicas na região de Kordofan, no oeste do Sudão, incluindo Al-Khoei, 100 quilómetros a oeste de El-Obeid.
Al-Khoei foi brevemente reconquistada pelo exército há dez dias.
À medida que o conflito entra no terceiro ano, o país continua dividido em dois: o exército controla o centro, o leste e o norte, enquanto os paramilitares detêm quase todo o Darfur e partes do sul.
O terceiro maior país de África está a ser afetado, desde abril de 2023, por uma guerra pelo poder entre o general Abdel Fattah al-Burhane, chefe do exército e governante do país desde um golpe de Estado em 2021, e o seu antigo braço direito, Mohamed Hamdane Daglo, comandante das RSF.
A guerra já provocou dezenas de milhares de mortos, 13 milhões de deslocados, no que a ONU qualificou como "a pior crise humanitária" do mundo.
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