A decisão de um painel de três juízes surgiu após vários processos judiciais que alegam que Trump excedeu a sua autoridade, deixou a política comercial dos EUA dependente dos seus caprichos e desencadeou o caos económico.
Pelo menos sete processos estão a contestar as tarifas, a peça central da política comercial de Trump, noticiou a agência Associated Press (AP).
As tarifas têm normalmente de ser aprovadas pelo Congresso norte-americano, mas Trump afirma ter o poder de agir porque os défices comerciais do país representam uma emergência nacional.
O republicano impôs tarifas à maioria dos países do mundo em determinado momento, o que abalou os mercados.
Os autores dos processos defendem que a Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional (IEPPA) de 1977 não autoriza a utilização de tarifas.
Mesmo que tal acontecesse, o défice comercial não cumpre o requisito legal de que uma emergência seja desencadeada apenas por uma "ameaça invulgar e extraordinária", defendem ainda.
Os EUA têm um défice comercial com o resto do mundo há 49 anos consecutivos.
Desde que regressou à Casa Branca (presidência), em janeiro, Trump anunciou medidas tarifárias contra a grande maioria dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, algumas das quais foram suspensas temporariamente até 09 de julho, devido à reação negativa dos mercados.
As medidas em vigor incluem tarifas de 25% sobre o aço, o alumínio e os seus derivados, 25% sobre os automóveis importados e certas peças automóveis, juntamente com uma tarifa de base de 10% aplicável a todos os seus parceiros comerciais.
Para a União Europeia (UE), esta tarifa de 10% poderá aumentar para 20% após o termo da atual pausa dos Estados Unidos em julho.
Na sequência da imposição dos direitos aduaneiros, os Estados Unidos já celebraram acordos comerciais com o Reino Unido e a China para reduzir as taxas e aumentar o acesso a esses mercados.