Reino Unido vai concluir novo "acordo" multissetorial com a UE

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prepara-se para concluir nos próximos dias um novo "acordo" multissetorial com a União Europeia (UE), tendo em vista reforçar laços com os europeus, cinco anos após o Brexit, anunciou hoje Downing Street.

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Lusa
17/05/2025 23:51 ‧ há 4 horas por Lusa

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De acordo com a Agência France Presse, segundo Downing Street, o acordo, cujos pormenores permanecem pouco claros, deverá contribuir para impulsionar o comércio, reduzindo a burocracia criada pelo Brexit, ou para reforçar a segurança, através de uma maior cooperação entre o Reino Unido e a UE.

 

O Reino Unido e UE têm na segunda-feira a primeira cimeira desde que Londres deixou o bloco comunitário, em 2020, e vão olhar para o novo contexto geopolítico e as mudanças na relação entre a Europa e os Estados Unidos.

Keir Starmer, que tem trabalhado para estreitar laços com o bloco de 27 países desde que assumiu o cargo em julho, prometeu concluir "esta semana" este "novo acordo que servirá o interesse nacional" do Reino Unido, anunciou o gabinete do primeiro-ministro britânico num comunicado hoje divulgado.

A cimeira de Londres será encabeçada pelos líderes do Conselho Europeu, o português António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pelo primeiro-ministro britânico.

"[Na segunda-feira] vamos dar mais um passo em frente e proporcionar ainda mais benefícios ao Reino Unido através de uma parceria mais forte com a União Europeia. Será bom para os nossos empregos, bom para as nossas contas e para as nossas fronteiras", defendeu Keir Starmer no comunicado.

É a primeira reunião desde o 'Brexit' - a saída formal foi em 31 de janeiro de 2020 - e terá como principal tópico o novo contexto geopolítico, com a guerra no território ucraniano a arrastar-se e sem perspetiva de um cessar-fogo, ainda que vários países estejam a esforçar-se para que Ucrânia e Rússia negoceiem o princípio do caminho para paz.

Em simultâneo, a postura mais protecionista da Casa Branca e a aproximação do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, à Rússia de Vladimir Putin, também preocupam os 27 países do bloco comunitário e o Reino Unido.

Os EUA exigem à Europa que pague e se encarregue da sua defesa e aumentaram as vozes na Europa para um reforço do investimento em defesa e para o relançamento da indústria de produção de armamento em vários países.

Na semana passada, Keir Starmer, o Presidente de França, Emmanuel Macron, e o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, viajaram até à Ucrânia para uma demonstração de unidade e para recordar a Moscovo que o apoio do resto da Europa prosseguirá enquanto as tropas russas ocuparem partes do território ucraniano.

No entanto, o apoio ao país invadido tem sido abalado pelas declarações do Presidente norte-americano, Donald Trump, a animosidade com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, e as críticas ao investimento dos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

São esperados acordos bilaterais em várias áreas para reforçar não só a cooperação entre a UE e o Reino Unido, mas também para relançar as relações comercias estagnadas nos primeiros anos após o 'Brexit'.

Leia Também: Música que Reino Unido leva à Eurovisão tocada no Palácio de Buckingham

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