Os salários dos trabalhadores da Função Pública 'engordaram' 6,4% em abril, face ao mesmo período do ano passado, para 1.863,4 euros, de acordo com dados atualizados, na semana passada, pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
Segundo a Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP), em "abril de 2025, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em 1.863,4 euros".
Este valor corresponde a uma "variação global média de +3,0%, face a janeiro de 2025, e a uma variação homóloga de +6,4%".
Ainda segundo o mesmo relatório, "este crescimento é resultado da conjugação de vários fatores, tais como: a atualização do valor da RMMG [remuneração mínima mensal garantida] para 870,00 euros e do valor da BRAP [valor da base remuneratória da Administração Pública] para 878,41 euros, a aplicação das medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e a entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios".
Deste modo, o "ganho médio mensal nas administrações públicas é estimado, para abril de 2025, em 2.223,7 euros, correspondendo a uma variação trimestral de +2,6% e a uma variação homóloga de +6,9%".
É ainda explicado que a "variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal, bem como da maioria das restantes componentes do ganho (como suplementos regulares e pagamentos por horas suplementares)".
Emprego no Estado cresce
Até ao final de junho, o setor das administrações públicas registava 760.728 postos de trabalho, correspondente a +1,5% (+11.030 postos de trabalho) face ao período homólogo, segundo os dados divulgados.
"Face ao trimestre anterior o aumento foi de 0,2% (+1.692 postos de trabalho). Em relação a 31 de dezembro de 2011 (início da série), o aumento foi de 33.027 postos de trabalho (+4,5%)", é também referido.
De acordo com os dados da DGAEP, a "variação de +1,5% teve origem principalmente na administração central (+1,3%, representando +7.483 postos de trabalho) e na administração local (+3,4%, representando +4.705 postos de trabalho)".
"Nas administrações regionais dos Açores e da Madeira e nos fundos de segurança social, o emprego diminuiu, respetivamente 688, 188 e 282 postos de trabalho, em comparação com 30 de junho de 2024", pode ler-se.
Setores que se destacam
Na administração central, "o aumento homólogo teve origem sobretudo nas áreas governativas da Saúde (+3.656 postos de trabalho, dos quais 1.258 na carreira de enfermeiro, 667 na carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica e 606 na carreira de assistente técnico) e da Educação, Ciência e Inovação (+3.019 postos de trabalho, dos quais 1.125 na carreira de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário, 829 na carreira de assistente operacional e 652 na carreira de técnico superior)".
Já na "administração local, "a variação homóloga resultou principalmente do aumento do emprego público nos municípios e nas freguesias", sendo que "nos municípios, o acréscimo de 3.837 postos de trabalho resultou, sobretudo, de mais trabalhadores nas carreiras de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional", ao passo que "nas freguesias, o maior contributo para o aumento de 652 postos de trabalho foi dado pela carreira de assistente operacional".
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