LAM vai alugar aviões para que "transporte não seja paralisado"

O aluguer de cinco aeronaves pela estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) visa assegurar que o "transporte não seja paralisado", disse hoje o Governo, garantindo que se mantém o plano de compra de aviões Boeing antes anunciado.

Moçambicana LAM prevê voar para Dubai e China até julho

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Lusa
05/08/2025 17:51 ‧ há 9 horas por Lusa

Economia

Moçmabique

"Enquanto decorre o processo de aquisição de compra de aeronaves é preciso que o serviço de prestação de transporte não seja paralisado. Parece ser mais rápido alugar um avião ou dois, permitindo que o processo de compra normal possa correr", disse o porta-voz do executivo moçambicano, Inocêncio Impissa, após a reunião semanal do Conselho de Ministros, realizada hoje em Maputo.

 

A Lusa noticiou em 31 de julho que a estatal LAM lançou um concurso para o aluguer de curta duração de cinco aeronaves, para fazer face à necessidade de melhoria operacional. A companhia aérea explicou que o aluguer das aeronaves visa responder à crescente procura por serviços de aviação a nível nacional e regional, impulsionado pelos megaprojetos de eletricidade, petróleo e gás, e pela indústria do turismo, fazendo parte do seu plano de investimentos.

O concurso, referiu ainda, está aberto a "todas as empresas nacionais e estrangeiras interessadas" no procedimento, a decorrer até 22 de agosto, através de licitação "para aluguer de curta duração de até cinco aeronaves", em regime de 'wet lease', ou seja com as aeronaves totalmente operacionais, incluindo tripulação, manutenção e seguro.

Hoje, questionado pelos jornalistas, o porta-voz do Governo assegurou que, não obstante o concurso avançado para alugar aeronaves, mantém-se o plano para comprar aviões: "O que vos podemos garantir é que sim. O processo de aquisição de aeronaves continua a correr e o que sabemos é que o plano de aquisições está a seguir enquanto se reforma a própria LAM, mas ao mesmo tempo se presta o serviço de transporte através de aeronaves transitória, neste caso alugadas para o efeito".

Há vários anos que as LAM enfrentam problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à deficiente manutenção das aeronaves, estando agora num profundo processo de reestruturação.

Em 22 de junho, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, avisou que a reestruturação em curso na LAM vai prosseguir em várias outras empresas do setor público, que não estão a produzir receitas para o Estado.

"O que está desenhado é que nós precisamos realmente, e este processo está em curso, de fazer as aquisições [aviões] para a LAM e realmente começarmos a construir uma empresa robusta que possa gerar lucros e gerar dividendos (...). Agora, queria deixar claro que não é um trabalho que vai terminar na LAM", declarou o chefe de Estado moçambicano.

O Instituto de Gestão das Participações do Estado (Igepe) moçambicano anunciou em 13 de maio o afastamento da administração da LAM e a nomeação de uma comissão de gestão presidida por Dane Kondic.

A decisão foi tomada em assembleia-geral extraordinária da LAM, no "âmbito do processo de revitalização" da companhia aérea estatal, tendo sido também aprovada a nomeação de um conselho de administração não executivo, composto por representantes das três empresas estatais que este ano passaram a ser acionistas da LAM, Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).

A consultora Knighthood Global, igualmente contratada pelos acionistas para assessorar a reestruturação, assumiu em maio que tem três meses para "estabilizar e reposicionar" a LAM, explicando então que foi "nomeada pelo Governo de Moçambique para ajudar a revitalizar" a companhia e "o setor da aviação em geral do país", tendo lançado em junho um concurso para contratar até cinco Boeing 737-700 para a transportadora aérea moçambicana, não sendo conhecido qualquer desfecho até ao momento.

Leia Também: Empresas de Maputo devem mais de 36 milhões à Seg. Social moçambicana

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