China "espera que a UE avance na mesma direção, ultrapasse as diferenças"

A China apelou hoje à cooperação com a União Europeia, apesar das divergências, e criticou o que classificou como exageros sobre disputas comerciais e acusações infundadas quanto à sua posição face à guerra na Ucrânia.

 porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun,

© Johannes Neudecker/picture alliance via Getty Images

Lusa
21/07/2025 09:34 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

China

"O Governo chinês espera que a UE avance na mesma direção, ultrapasse as diferenças e planeie em conjunto a cooperação para os próximos 50 anos", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.

 

Guo criticou o que descreveu como insistência, por parte de "algumas pessoas na Europa", na chamada "tripla caracterização" da China - como parceiro, concorrente e rival sistémico -- e acusou-as de "exagerar unilateralmente questões económicas e comerciais" e de lançar "acusações infundadas" sobre a Ucrânia, o que, segundo Pequim, tem gerado "perturbações desnecessárias" na relação bilateral.

O porta-voz destacou que, após meio século de relações diplomáticas, a ligação entre a China e a UE "acumulou experiência e energia positiva suficientes para resistir às mudanças e ultrapassar desafios".

"A realização da cimeira China -- UE neste momento tem grande significado e despertou ampla atenção da comunidade internacional", afirmou, sublinhando que ambas as partes são "grandes forças que impulsionam o multilateralismo, grandes mercados que sustentam a globalização e grandes civilizações que promovem a diversidade".

A cimeira entre a China e a UE realiza-se esta quinta-feira, 24 de julho, em Pequim, para assinalar o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas. Estão previstas as participações do Presidente chinês, Xi Jinping, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, António Costa.

Segundo fontes comunitárias, Bruxelas procurará promover um diálogo construtivo sobre temas globais e bilaterais, incluindo comércio, a guerra na Ucrânia e a transição energética.

A UE deverá reiterar que a atual relação económica com a China é insustentável, devido à falta de acesso recíproco e de concorrência justa, e poderá avançar com medidas corretivas caso não sejam alcançados reequilíbrios.

Leia Também: China: Factos demonstram que via militar não traz paz ao Médio Oriente

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