A italiana Ferrero, dona dos famosos Ferrero Rocher e da Nutella, está perto de chegar a um acordo para comprar a fabricante de cereais WK Kellogg. O negócio poderá ser fechado por cerca de três mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros).
O acordo não é oficial, mas está próximo de acontecer, de acordo com a Reuters, que cita uma fonte próxima. O mesmo tinha sido negociado pelo Wall Street Journal, na quarta-feira, o que levou as ações da WK Kellogg a disparar 55%.
O valor do negócio, de cerca de três mil milhões, foi também divulgado pelo jornal norte-americano, que adiantou também que poderá ocorrer ainda esta semana.
A WK Kellogg tem atualmente um valor de mercado de cerca de 1,5 mil milhões de dólares, segundo a Reuters.
A agência de notícias conta que contactou, inclusive, as duas empresas para obter uma reação a esta notícia, mas não obteve resposta dos dois lados.
Ainda assim, a confirmar-se o negócio, esta poderá ser uma forma de a italiana Ferrero conquistar terreno nos EUA, já que tem vindo a comprar marcas naquele país.
A Reuters lembra que, nos últimos anos, a Ferrero comprou a Wells Enterprises, uma fabricante de gelados, e conseguiu um acordo de 2,8 mil milhões de dólares para comprar o negócio de chocolate nos EUA da Nestle
Ainda segundo a agência de notícias, a Ferrero tem já 15 fábricas e armazéns nos Estados Unidos da América, no Canadá e nas Caraíbas, ao mesmo tempo que empresa mais de 5.100 funcionários.
De sublinhar que a WK Kellogg resulta de uma divisão da unidade de cereais da Kellogg's em 2023 e tem vindo a lidar com fraca procura e redução das vendas.
A outra parte, que se chama Kellanova, ficou com os 'snacks' e inclui marcas como a Pringles, foi vendida no ano passado à Mars.
"Portugal é um país latino atípico para o consumo de chocolate"
Em entrevista ao Notícias ao Minuto, em 2023, o diretor de comunicação do Grupo Ferrero, Franco Martino, revelou que há mesmo produtos da Ferrero que atingem os "níveis de consumo per capita mais elevados do mundo em Portugal".
O diretor de comunicação da marca assumiu, na altura, que a sustentabilidade é uma preocupação e conta os progressos que a empresa tem feito nesse segmento.
Relativamente às cópias que vão surgindo no mercado, Franco Martino remete essas questões para a "economia especulativa" e não tinha dúvidas: "Os nossos produtos continuarão a ser icónicos, seja qual for o ano, geração após geração".
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