CEO da Cloudflare sem 'papas na língua'. "Portugal não é um país sério"

Matthew Prince criticou duramente o governo português (e ao aeroporto) numa publicação partilhada na rede social X.

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Miguel Patinha Dias
26/05/2025 15:51 ‧ ontem por Miguel Patinha Dias

Tech

Cloudflare

O cofundador e CEO da Clouflare, Matthew Prince, recorreu à rede social X para se mostrar insatisfeito com a presença da empresa de serviços de rede e cibersegurança em Portugal. Prince afirmou na publicação que o nosso país tem ficado “significativamente pior” desde que a tecnológica começou a fazer investimentos em território nacional.

 

“Se a tendência continuar, vamos parar de investir”, ameaça Prince. “Se são uma empresa tecnológica e estiverem a considerar [investir em Portugal], seriam loucos de o fazer sem fortes garantias do governo”.

Serve recordar que a Clouflare tem uma importância crítica na Internet como a conhecemos, com alguns dos sites mais conhecidos e utilizadores a dependerem da infraestrutura proporcionada pela empresa tecnológica.

Prince, que conta com mais de 106 mil seguidores na rede social X, foi questionado por alguns deles em respostas a esta publicação, pedindo mais contexto sobre a atual situação vivida em Portugal pela Cloudflare.

“Contratámos imensas pessoas em Portugal e o governo não cumpriu nenhuma das promessas”, acusou Prince. “De tudo o que tenho visto nos últimos seis anos, Portugal não é um país sério”, escreveu o cofundador em resposta a outro dos seus seguidores.

Houve autra personalidade conhecida no mundo da tecnologia que também teve interesse em saber mais, nomeadamente o programador, investidor e cofundador da Y Combinator, Paul Graham.

“Que problemas encontraste?”, questionou Graham. “Sobretudo na imigração. Em geral, burocracia sufocante. E uma completa falta de um aeroporto funcional. Sobretudo, estou farto que me seja dito que as coisas vão melhorar se investirmos mais quando as coisas apenas ficam piores”, respondeu Prince.

Leia Também: CEO da Cloudflare tem o conselho que precisa de seguir em 2025

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