Em comunicado, a associação refere que o inquérito visa analisar "a forma como decorreram as recentes eleições legislativas" no estrangeiro, que registaram uma abstenção de 77,76% e 32,18% de votos nulos.
A associação, que promove a participação cívica e política dos portugueses no estrangeiro e a melhoria dos serviços prestados pelo Estado português, quer saber porque é que muitos portugueses não votaram e, para quem votou, se foi fácil, quais as dificuldades que tiveram e porque é que muitos não juntaram uma cópia do documento de identificação, cuja falta originou que a anulação de "muitos milhares de votos".
De acordo com a TSP, os portugueses no estrangeiro são convidados a indicar quais as modalidades de voto preferidas: Presencial nos consulados, o voto postal, ou os métodos que, apesar de ainda não estarem disponíveis em Portugal, são utilizados em outros países, como o voto digital (voto eletrónico remoto) e o voto por procuração.
Os emigrantes portugueses serão ainda questionados sobre os problemas que mais sentem estrangeiro, se o acesso aos serviços dos consulados, o ensino da língua portuguesa, o acesso à saúde em Portugal, problemas com os impostos portugueses, a reforma dos emigrantes, o regresso a Portugal, o processo de votação para as eleições portuguesas, ou outros.
O Chega foi o partido mais votado pelos portugueses residentes no estrangeiro, conseguindo 26,15% dos votos, mas mantendo o mesmo número de deputados eleitos por estes círculos.
Este partido conseguiu nestes círculos 92.192 votos, sendo seguido da coligação PSD/CDS (56.460) e do PS (47.693).
Os emigrantes escolheram, desta forma, o Chega e o PSD como os partidos dos quatro deputados eleitos pelos círculos da Europa (dois) e de Fora da Europa (dois).
No seguimento deste sufrágio, foram eleitos pelo círculo da Europa José Manuel Fernandes (AD) e José Dias Fernandes (Chega) e por Fora da Europa José Cesário (AD) e Manuel Magno Alves (Chega).
Leia Também: Aguiar-Branco teve a 2.ª maior votação para presidente do Parlamento