Carneiro defende voto de "boa-fé" do PS "contra moção de rejeição do PCP"

José Luís Carneiro quer "cooperar" para "garantir estabilidade".

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© Flickr PS/Ana Rocha Nené

Cátia Carmo
26/05/2025 22:47 ‧ há 2 dias por Cátia Carmo

Política

Legislativas

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, revelou que, este fim de semana, transmitiu à Comissão Nacional do partido que devem "votar contra a moção de rejeição do PCP em relação ao programa do Governo" para, "de boa-fé", "cooperar" e "garantir estabilidade" política ao país.

 

"Para criar as condições para que possa entrar em exercício de funções. Quanto ao Orçamento do Estado vamos aguardar pela composição dos órgãos do meu partido. No PS o secretário-geral tem o dever de ouvir a direção do partido, os nossos e nossas deputadas e grupo parlamentar", explicou Carneiro, no espaço de comentário na CNN Portugal.

Até agora, o ex-ministro da Administração Interna é o candidato único ao cargo de secretário-geral do PS. Uma candidatura que encara como "uma missão", sem temer a possibilidade de ser apenas um líder de transição.

"A transitoriedade no desempenho de funções políticas é uma das características mais relevantes. Encaro esta minha candidatura como uma missão e serviço ao PS tendo em vista a recolocá-lo como maior partido político em Portugal, para posicionarmos os nossos grandes objetivos para com a sociedade portuguesa", afirmou o candidato à liderança do PS.

Além disso, garante que quer "abrir a liderança, de forma partilhada" e "não houve pressa" em avançar com a candidatura ao lugar que era de Pedro Nuno Santos.

"A minha vontade é de incluir e abrir a minha liderança, de forma partilhada, a quem queira participar ativamente, a começar pelas eleições autárquicas, que são a nossa primeira e maior prioridade. Cada um e cada uma que entende que tem uma missão a cumprir, pode fazê-lo até dia 12 de junho. Na noite das eleições e até ao fim de segunda-feira não falei com quaisquer jornalistas sobre o tema da candidatura. Não houve pressa, afirmei a minha disponibilidade", sublinhou.

Para já, confessa ter "dúvidas sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito" a Luís Montenegro e entende que o PS tem de "saber ouvir e dar voz às pessoas".

"Nós temos o dever de olhar para a mensagem dos portugueses, compreender o que pretende transmitir, saber ouvir e dar voz às pessoas. É esse movimento que quero criar. Temos de aceitar com humildade democrática que temos de cooperar para garantir a estabilidade política e governabilidade do país. É por isso mesmo que pude, na Comissão Nacional, dizer que, no meu entendimento, devemos fazer um esforço para contribuir para essa estabilidade", acrescentou Carneiro.

O Presidente da República anunciou esta segunda-feira que irá ouvir novamente o PSD, o PS e o Chega na tarde de quinta-feira e quer indigitar o primeiro-ministro, se possível, logo nesse dia.

Questionado se tenciona receber José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, o chefe de Estado respondeu: "Eu vou falar com a delegação que vier do PS, quem escolhe são eles".

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, com mais de 32% dos votos, sem maioria absoluta. Em coligação, os dois partidos elegeram 89 deputados, dos quais 87 são do PSD e dois do CDS-PP - mais de um terço dos 230 lugares do parlamento, mas longe da maioria absoluta.

Ainda sem os resultados dos dois círculos da emigração, o PS é o segundo mais votado, com 23,38% dos votos, e 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

De acordo com os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e depois o Livre, com 4,2% e seis eleitos.

A CDU (PCP/PEV) obteve 3,03% dos votos e elegeu três deputados, todos do PCP. O BE, com 2%, e o PAN, com 1,36%, elegeram um deputado cada um, assim como o JPP, da Madeira, que teve 0,34% dos votos em termos nacionais.

Leia Também: Marques Mendes elogia postura de Carneiro: "Sinal muito importante"

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