"Porque é que se falou tão pouco de Portugal nesta campanha eleitoral? Temos de ter uma conversa séria acerca disso", afirmou Rui Tavares no comício de encerramento da campanha eleitoral na Escola Artística Ginasiano em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Perante uma plateia de cerca de 200 pessoas, o dirigente do Livre perguntou ainda porque é que se falou durante tanto tempo do "caso e casinho" em que Luís Montenegro meteu Portugal com a "confusão enorme" da empresa da sua família -- Spinumviva.
A esse respeito, Rui Tavares voltou a criticar Luís Montenegro, apelidando-o de "lobista do jogo online", área de negócio que vicia pessoas e arruína e endivida famílias.
Além disso, o dirigente do Livre criticou ainda o facto de "qualquer trapalhada e qualquer palhaçada da extrema-direita" ocupar horas e horas nas televisões.
"Isto não tem de ser assim", frisou Rui Tavares, enquanto na sala se ouvia "presente, futuro e Livre, livre, Livre".
Em sua opinião, é preciso varrer a "política feita de chavões, de casos e casinhos e de palhaçadas" e trazer para o centro da discussão as preocupações das pessoas.
"Temos de tirar a política do buraco em que ela está porque uma má política faz de uma sociedade boa uma sociedade má e nós temos de reverter esse processo", sublinhou.
Motivo pelo qual, Rui Tavares pediu às pessoas para não terem medo da mudança.
E insistiu: "Não cedam àquele ridículo com que querem lançar às vezes uma espécie de opróbrio sobre as ideias de mudança".
Num discurso de cerca de 40 minutos, Rui Tavares disse que o Livre vai crescer e vai ser um partido charneira no país para esvaziar a extrema-direita.
No final, Rui Tavares, acompanhado dos restantes candidatos às eleições de domingo, cantou a Grândola, Vila Morena de Zeca Afonso.
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