O armazém da Belaberry, uma empresa de produção e venda de mirtilos situada em Serpins, na Lousã, ardeu nos fogos que têm assolado a região nestes últimos dias. O relato foi feito pelos próprios nas redes sociais, este sábado, dia 16 de agosto, onde revelaram os estragos e pediram ajuda para se reerguerem.
"Não sabemos como recomeçar sozinhos", começou por afirmar a Belaberry, que justifica que tal acontece não por "falta de força - essa há-de vir quando o fumo se dissipar - mas por falta de meios."
"O nosso armazém ardeu. Ardeu a estrutura, arderam todas as máquinas, as alfaias, a câmara frigorífica, os dois frigoríficos, as arcas", enumerou a empresa de produção de mirtilos, sublinhando ainda: "Arderam os 22 painéis solares que tínhamos acabado de instalar. Ardeu todo o material de colheita, toda a papelada, todos os produtos. Perdeu-se tudo."
Também "uma parte dos mirtilos se perdeu", sobretudo "junto às cercaduras que também não se aproveitam, mas há uma área grande que ainda podemos conseguir salvar".
A Belaberry acredita que "há vida para proteger e trabalho para continuar", mas assumiu, na mesma nota, não conseguir superar a tarefa "sozinha", e escreveu: "Precisamos da vossa ajuda".
Cada apoio recebido, "por mais pequeno que seja", vai ajudar a empresa a comprar o "material que precisamos para retomar a rega, a electricidade, para a limpeza do terreno, para a compra de baldes e outro material para ainda tentarmos fazer colheita este ano". "No fundo, para nos conseguirmos reerguer", apontou no Facebook e Instagram.
Na publicação, a Belaberry deixou os dados - como número da conta e IBAN -, para quem queira (e possa) ajudar. "Do fundo do coração, muito obrigado a quem nos der a mão neste momento", terminou.
Já noutra mensagem também nas redes sociais, publicada este domingo, dia 17 de agosto, a Belaberry fez uma atualização da situação. E com boas notícias: "O vosso apoio tem sido um abraço gigante que nos mostra que não estamos sozinhos. Não sabemos, nem temos palavras, para agradecer tanto carinho", escreveu a empresa.
Foi também criada uma página de angariação de fundos para que, "em breve, se possam sentar connosco na próxima mesa que vier."
Veja as imagens da destruição na galeria acima.
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