Desde há cerca de três semanas, altura em que começaram os incêndios em Portugal continental, já se registaram mais de uma centena de bombeiros feridos. Nos últimos dias, o número ultrapassou mesmo os 130.
Segundo a informação que, no dia 14 de agosto, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, avançou à Agência Lusa, 231 bombeiros ficaram feridos em serviço até 13 de agosto.
O responsável destacou que, desses 231 bombeiros, 112 ficaram feridos desde 27 de julho, período em que se começou a registar um maior número de incêndios.
O presidente da Liga dos Bombeiros sublinhou que a maioria dos feridos das últimas três semanas está diretamente relacionado com o combate aos fogos e salientou que há casos de ferimentos associados a acidentes com carros de bombeiros.
E nos últimos dias? Quantos bombeiros ficaram feridos?
Se até há quatro dias o balanço de bombeiros feridos era de 112, o número acabou por aumentar desde quinta-feira, dia 14 de agosto.
No incêndio que lavra em Sátão quatro bombeiros ficaram feridos na passada quinta-feira. Já no dia de ontem, sábado, o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato, dava conta de que sete bombeiros haviam ficado feridos.
Também no dia 14 de agosto, quatro bombeiros da corporação da Mêda ficaram feridos enquanto combatiam as chamas em Paipenela. Na altura, foram encaminhados para o Hospital da Guarda e dois tiveram alta. Os outros dois continuaram internados com queimaduras de segundo grau.
No sábado, registaram-se mais sete feridos. Enquanto ajudavam no incêndio de Mêda, três bombeiros de Folgosinho ficaram com ferimentos ligeiros. "Dois dos feridos sofreram queimaduras, um numa mão e outro numa perna. O terceiro sofreu uma entrose".
Os restantes quatro bombeiros ficaram feridos na sequência do capotamento de um veículo da corporação dos Voluntários do Dafundo.
O incidente aconteceu pelas 17h40 e os feridos, considerados ligeiros, foram transportados para o Hospital da Guarda.
Chamas já consumiram 139 mil hectares
Os incêndios florestais consumiram até sábado 139 mil hectares, metade dos quais em apenas dois dias, o que representa 17 vezes mais do que a área ardida no mesmo período do ano passado, segundo dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
De acordo com a informação disponibilizada pelo ICNF, entre 1 de janeiro e 14 de agosto, tinham ardido 74.931 hectares, um número que subiu para 139.091 à data de 16 de agosto.
Estes dados revelam que apenas nos últimos dois dias, arderam 64.160 hectares, 46% do total ardido desde o início do ano.
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