Teddy, o cão de assistência de uma menina no espetro do autismo que foi impedido de embarcar na cabine de um voo da TAP, desde o Rio de Janeiro, no Brasil, até Lisboa, já se encontra em Portugal. Já estará, inclusive, reunido com a criança de 12 anos que apoia.
O voo terá chegado a Lisboa na madrugada deste sábado, de acordo com o g1.
Segundo o mesmo meio, a mãe de Alice recebeu o animal no aeroporto, tendo optado por resguardar a menina.
Teddy viajou com o treinador Ricardo Cazarotte e com a irmã de Alice, Hayanne Porto.
O trio embarcou num voo na TAP no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro - Galeão, na tarde de sexta-feira, na sequência de um acordo estabelecido em negociações entre o Ministério de Portos e Aeroportos, o pai da menina e a TAP.
Há 50 dias que o animal estava separado de Alice, o que já terá resultado em episódios de desregulação emocional. O patudo foi treinado por Cazarotte durante um ano e meio, para prevenir as crises emocionais da menina.
O g1 assinalou que apenas o treinador ou a cuidadora poderiam embarcar com Teddy.
Recorde-se que o diretor da TAP para o Brasil, Carlos Antunes, relatou ao jornal O Globo que o animal de 35 quilos era considerado um cão de apoio emocional que não estava a acompanhar uma pessoa portadora de deficiência, nem tinha um certificado válido.
Apesar da ordem judicial emitida pela justiça brasileira, o embarque na cabine não foi permitido porque "violaria o manual de operações de voo" da empresa, complementou.
O responsável assinalou que foi dada a possibilidade de o animal embarcar no porão, mas a irmã da menina, Hayanne, recusou essa opção, no sábado.
A família, por seu turno, contestou e disse que o certificado apresentado era aceite pelo Governo português.
A situação iniciou-se a 8 de abril, quando os pais, a menor e o animal voaram para Portugal. Nessa ocasião, a TAP também terá recusado o embarque de Teddy. Já a 16 de maio, um juiz emitiu uma ordem judicial para que o patudo viajasse com Hayanne.
O cão já terá acompanhado a menina numa viagem a Orlando, nos Estados Unidos, tendo sido treinado para ficar horas sem comer, por exemplo.
Na sexta-feira, a TAP confirmou ao Notícias ao Minuto que "propôs uma solução para que o Teddy [pudesse] voar dentro de dias a bordo de uma das [suas] aeronaves", mostrando-se "seguros de que a solução agora encontrada será aceite pela família em apreço".
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