As nove pessoas detidas no âmbito da operação Bata Branca, da Polícia de Segurança Pública (PSP), por suspeitas de "dezenas de furtos qualificados no interior de residências", no concelho de Sintra, ficaram sujeitas à medida de coação de prisão preventiva.
Em comunicado, divulgado esta sexta-feira, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Oeste indicou que "apresentou a primeiro interrogatório judicial nove arguidos, quatro mulheres e cinco homens com idades compreendidas entre os 19 e os 56 anos".
Os detidos estão indiciados pela prática, em coautoria, de um crime de associação criminosa, 33 crimes de furto qualificado, 16 crimes de furto qualificado, na forma tentada, cinco crimes de recetação e crimes de detenção de arma proibida.
Segundo a procuradoria, os arguidos "delinearam um plano em conjunto que consistia em ludibriarem pessoas que sabiam serem idosas e vulneráveis, com vista a se introduzirem nas residências e subtraírem todo o dinheiro e objetos de valor que aí encontrassem".
Do total de nove arguidos, três tinham a função de "receber as peças em ouro subtraídas pelos restantes arguidos, entregando em troca quantias de dinheiro não concretamente apuradas".
O grupo passou a "dedicar-se, de forma reiterada, à prática de crimes contra o património" e todos os membros tinham "tarefas definidas".
Para levar a cabo os furtos, "os arguidos, vestidos com batas brancas, começaram a abordar idosos, fazendo-se passar por médicos ou enfermeiros dos centros de saúde ou funcionários da Segurança Social".
"Conseguindo assim a confiança dos ofendidos, estes abriam-lhes a porta de casa e com isso conseguiram, por inúmeras vezes, furtar elevadas quantias em dinheiro e ouro", explica a procuradoria.
Após serem presentes a primeiro interrogatório judicial, na quinta-feira, os nove arguidos ficaram sujeitos à medida de coação de prisão preventiva.
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