Numa carta enviada à presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), entidade responsável pelas escolas do primeiro ciclo, o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) afirma que está "cientificamente comprovado que fatores como o layout do mobiliário escolar, a decoração, e, sobretudo, a iluminação, a ventilação, o conforto térmico e a qualidade do ar, influenciam decisivamente as atitudes e os comportamentos dos alunos na sala de aula, e, consequentemente, o clima propiciador às aprendizagens".
O SPLIU lembra que a maioria das escolas tem salas de aula com enormes superfícies vidradas, o que provoca efeito de estufa, com temperaturas sentidas superiores a 40º, e que no inverno são frias e húmidas, o que afeta, inevitavelmente, a capacidade de concentração e discernimento intelectual de alunos e professores.
A estrutura sindical sublinha que também é importante considerar que as provas de avaliação sumativa e os exames ocorrem invariavelmente nos meses de junho e julho, altura do ano em que as temperaturas são normalmente muito elevadas, em particular, nas zonas do interior Norte, Centro e Sul.
"Muitos, e variados motivos, poderão ser invocados para justificar a necessidade urgente de os municípios investirem na requalificação e adaptação das salas de aula às situações de frio intenso, e, fundamentalmente, de calor extremo", afirmam.
O SPLIU sugere aos municípios que invistam no isolamento, na proteção contra a incidência dos raios solares, na regulação da luminosidade e na climatização das salas de aula.
Leia Também: Fenprof admite avançar com greve caso haja prolongamento das aulas