A TAP chegou a consenso com a família de Teddy, o cão de assistência de uma menina no espetro do autismo que foi impedido de embarcar num voo da companhia portuguesa por duas vezes, do Rio de Janeiro, no Brasil, até Lisboa, em Portugal. O animal deverá, agora, embarcar esta sexta-feira, com o treinador, Ricardo Cazarotte.
O acordo foi estabelecido na sequência de negociações entre o Ministério de Portos e Aeroportos, o pai da menina e a TAP, de acordo com o g1.
O mesmo meio adiantou que, na manhã de terça-feira, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou o pai de Alice, que se encontra em Lisboa há cerca de um mês e meio, que encontraria uma solução junto da companhia aérea.
Assim sendo, Ricardo Cazarotte deixará Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e rumará até Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, para se encontrar com Teddy e embarcarem para Portugal. Depois, o treinador regressará a São Paulo.
Há 50 dias que o animal está separado de Alice, o que já terá resultado em episódios de desregulação emocional. O patudo foi treinado por Cazarotte durante um ano e meio, para prevenir as crises emocionais da menina.
O g1 assinalou que apenas o treinador ou a cuidadora podem embarcar com Teddy.
Recorde-se que o diretor da TAP para o Brasil, Carlos Antunes, relatou ao jornal O Globo que o animal de 35 quilos era considerado um cão de apoio emocional que não estava a acompanhar uma pessoa portadora de deficiência, nem tinha um certificado válido.
Apesar da ordem judicial emitida pela justiça brasileira, o embarque na cabine não foi permitido porque “violaria o manual de operações de voo” da empresa, complementou.
O responsável assinalou que foi dada a possibilidade de o animal embarcar no porão, mas a irmã da menina, Hayanne, recusou essa opção, no sábado.
A família, por seu turno, contestou e disse que o certificado apresentado era aceite pelo Governo português.
A situação iniciou-se a 8 de abril, quando os pais, a menor e o animal voaram para Portugal. Nessa ocasião, a TAP também terá recusado o embarque de Teddy. Já a 16 de maio, um juiz emitiu uma ordem judicial para que o patudo viajasse com Hayanne.
O cão já terá acompanhado a menina numa viagem a Orlando, nos Estados Unidos, tendo sido treinado para ficar horas sem comer, por exemplo.
Ao Notícias ao Minuto a TAP qconfirmou que "propôs uma solução para que o Teddy possa voar dentro de dias a bordo de uma das aeronaves" da companhia aérea, sem esclarecer que tipo de acordo se trata.
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