Os apoiantes do movimento entraram nos terrenos do Campo de Tiro de Alcochete, onde deve ser construído o novo aeroporto que vai servir Lisboa, e estenderam uma faixa na qual se pode ler "Aeroporto de Alcochete p'ró cacete - Nem aqui, nem em lado nenhum!".
A ação simbólica foi contra a construção de um novo aeroporto, mas também contra qualquer nova infraestrutura que aumente as emissões de gases com efeito de estufa, e igualmente para "apelar à resistência climática como a única forma de travar a destruição e de construir um presente e um futuro justo e digno para todas as pessoas", dizem os jovens do Climáximo em comunicado.
A ativista Bianca Castro, citada no documento, afirmou que "construir um novo aeroporto é o equivalente a lançar bombas de carbono na atmosfera, que vão devastar vidas por todo o mundo devido a fenómenos como o aumento da temperatura, o degelo, a intensificação das secas, quebra de colheitas e eventos extremos como tempestades e incêndios".
E acrescentou: "É para este abismo que nos encaminham as empresas e os governos quando planeiam a expansão da aviação. Eles sabem perfeitamente que estes novos projetos e a continuação da queima de combustíveis fósseis vão matar e deixar sem casa milhões de pessoas".
Ainda no documento, Bianca Castro afirmou que o projeto do novo aeroporto não só vai aumentar emissões como prevê o corte de pelo menos 42 mil sobreiros, "que neste momento funcionam como um pulmão, filtrando carbono da atmosfera".
O coletivo lembra a "assentada popular" conta a expansão aeroportuária que já anunciou para dia 1 de junho junto do aeroporto Humberto Delgado e que vai começar às 15:00 na Alameda D. Afonso Henriques.
E apela à participação de todos os que estão "assustados e enraivecidos" com os resultados das eleições legislativas do passado domingo.
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