Segundo dados do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, até ao início de julho tinham ardido pouco mais de 400 mil hectares em território comunitário, mas entre o início desse mês e 19 de agosto (último dia contabilizado nos dados) o total de área ardida subiu para perto de 1.600.000 hectares.
Os dados mostram que a média do total de área ardida na União Europeia ao longo de todo o ano (entre janeiro e dezembro) nunca ultrapassou os 600 mil hectares entre 2006 e 2024.
Numa comparação de 2025 com anos anteriores, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil aponta que em Portugal já ardeu este ano 5,1 vezes a média de anos anteriores, um valor só superado por Espanha, também assolada por grandes fogos florestais e onde já ardeu 6,5 vezes a média de anos antecedentes.
Já no que diz respeito à totalidade do espaço comunitário, já ardeu 4,1 vezes a média de anos passados.
De acordo com dados do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, publicados no sábado, entre 12 e 19 de agosto arderam em território europeu 298.122 hectares.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Os fogos provocaram quatro mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Segundo dados oficiais provisórios, até hoje arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
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