"As operações de voo já foram retomadas e estamos a trabalhar de forma intensiva para restabelecer a normalidade, garantindo o transporte entre hoje e amanhã [segunda e terça-feira] dos passageiros que ficaram retidos nas diferentes ilhas", explicou a companhia em comunicado.
Como medidas de apoio imediato, a TACV recorreu ao fretamento de embarcações pela CV Interilhas, operando rotas extraordinárias entre a ilha do Fogo e Santiago, e à utilização de aeronaves Boeing para reforçar as ligações entre São Vicente, Sal e cidade da Praia.
A presidente da Associação das Agências de Viagem e Turismo de Cabo Verde, Marvela Rodrigues, citada pela Rádio de Cabo Verde (RCV), alertou para a repetição destes constrangimentos, sobretudo em períodos de maior movimento.
"Neste momento, sobretudo neste fim de semana, as coisas complicaram. Recebi várias chamadas de clientes retidos em São Vicente, Sal e Boa Vista, com programas e compromissos importantes, sem nenhuma notícia sobre quando iriam sair", disse.
Marvela Rodrigues defendeu ainda maior abertura para investimentos privados no transporte aéreo e marítimo direcionado ao turismo, considerando que a situação prejudica turistas e setor.
"Temos cabo-verdianos que vivem fora e dizem que não vão viajar para Cabo Verde porque não sabem se vão cumprir datas ou sair das ilhas, o que cria problemas até com ligações internacionais", acrescentou.
No final de julho, a TACV também enfrentou "desafios significativos" provocados por avarias simultâneas em dois dos três aviões em operação, o que levou ao cancelamento e reprogramação de várias ligações interilhas.
A companhia estatal, que se dedicava exclusivamente a voos internacionais, assumiu a operação doméstica no início de 2024, devido a problemas com a última concessão do serviço.
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