É "cada vez mais difícil compreender" a forma como uma nova operação militar de Israel pode libertar os reféns sequestrados pelo movimento islamita palestiniano Hamas e alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, disse Steffen Meyer, porta-voz do Governo alemão, aliado de Israel.
O Ministério da Defesa de Israel indicou que 60 mil reservistas foram mobilizados para a campanha destinada a conquistar a cidade de Gaza, no norte do território, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
O ministro da Defesa, Israel Katz, "aprovou o plano de ataque" contra a maior cidade do território palestiniano tendo convocado "os reservistas necessários para a missão", adiantou o ministério.
Por outro lado, a mesma fonte do Ministério da Defesa disse à AFP que Katz aprovou os "preparativos humanitários" para a retirada da população da cidade de Gaza.
Além dos 60 mil reservistas, que deverão apresentar-se nas unidades militares nas próximas duas semanas, 70 mil efetivos devem prolongar o tempo de serviço por mais "30 ou 40 dias", noticiou o jornal israelita Maariv.
A decisão de Katz surgiu 48 horas depois de o Hamas ter aceitado uma nova proposta dos mediadores --- Egito, Qatar e Estados Unidos --- para uma trégua de 60 dias com a libertação de reféns "em duas fases".
Israel ainda não respondeu formalmente, mas uma fonte governamental disse à AFP que o Governo de Benjamin Netanyahu "não alterou" a política e continua a "exigir a libertação" de todos os reféns "de acordo com os princípios estabelecidos pelo gabinete para pôr fim à guerra".
No início deste mês, Israel anunciou que se preparava para "assumir o controlo" da cidade de Gaza e dos campos de refugiados para derrotar o Hamas e libertar as pessoas sequestradas durante o ataque do movimento palestiniano, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
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