Bissau. PAIGC quer revogação da expulsão da comunicação social portuguesa

O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) condena a decisão do Governo de Bissau de expulsar a comunicação social portuguesa e exige a revogação da medida, divulgou hoje a organização política.

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Ana Paula Pires
18/08/2025 18:17 ‧ há 2 horas por Ana Paula Pires

Mundo

Guiné-Bissau

A posição foi assumida e faz parte das resoluções da reunião ordinária do Bureau Político do PAIGC, que teve lugar no sábado, em Bissau, para analisar a situação sociopolítica do país africano.

 

O partido que lidera a coligação PAI-Terra Ranka afastado do Governo, em dezembro de 2023, pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, aprovou nesta reunião uma moção de solidariedade para com a RDP, RTP e Agência Lusa.

O governo de iniciativa presidencial expulsou a comunicação social portuguesa da Guiné-Bissau, decretando o fim das emissões, com efeitos imediatos a 15 de agosto e a saída do país dos representantes destes órgãos até terça-feira, 19 de agosto.

O PAIGC aprovou uma moção de "condenação ao Governo da Guiné-Bissau pela suspensão da emissão desses órgãos de informação no país", como divulgou hoje, na página oficial do partido nas redes sociais.

O partido "exige a revogação imediata da decisão governamental de suspensão das emissões da RDP, RTP e Agência Lusa", assim como a revogação da ordem de expulsão dada aos delegados, que classifica de "vergonhosa".

"Esta decisão priva os cidadãos do direito à pluralidade de informação", disse Califa Seidi, vice-presidente do PAIGC que presidiu a esta reunião, na ausência do presidente Domingos Simões Pereira, que se encontra fora do país.

Dos 110 membros do Bureau Político, estiverem presentes 62 na reunião em que o partido manifestou solidariedade para com Cabo Verde, Portugal, Guiné Conacri e Gana, países afetados recentemente por calamidades naturais e acidentes, como incêndios e inundações.

O PAIGC considerou ainda inconstitucional a formação do atual Governo da Guiné-Bissau, que tomou posse recentemente, e que é o segundo de iniciativa presidencial, depois da dissolução do parlamento, em dezembro de 2023.

O chefe de Estado guineense convocou eleições gerais presidenciais e legislativas para 23 de novembro, que serão totalmente organizadas internamente, pela primeira vez, na Guiné-Bissau.

O partido pede "uma auditoria externa ao processo eleitoral para garantir transparência".

O PAIGC exortou os dirigentes que se encontram no estrangeiro a regressarem ao país para preparar o processo eleitoral, exceto os que estão em missão oficial ou por motivos de saúde.

Deliberou ainda dar início à negociação de uma coligação com partidos da coligação PAI-Terra Ranka, que venceu as legislativas de junho de 2023 e foi deposta do Governo menos de meio ano apôs a tomada de posse, com a dissolução do parlamento, sem ter decorrido o prazo de 12 meses desde as eleições imposto pela Constituição.

Leia Também: MNE recebeu homólogo de Bissau após expulsão da Lusa, RDP e RTP de Bissau

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