Trump diz que só será possível libertar reféns se Hamas for destruído

O Presidente norte-americano, Donald Trump, sustentou hoje que a libertação dos reféns mantidos em cativeiro pelo grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza só será possível quando este movimento for "enfrentado e destruído".

donald trump

© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
18/08/2025 16:59 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Só assistiremos ao regresso dos reféns que restam quando o Hamas for enfrentado e destruído! Quanto mais cedo isso acontecer, maiores serão as probabilidades de êxito!", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

 

Donald Trump reivindicou o mérito de ter "negociado e assegurado a libertação de centenas de reféns que foram devolvidos a Israel [e aos Estados Unidos!]".

Desde o início das negociações, o Hamas libertou 147 reféns em troca da libertação de presos palestinianos em cadeias israelitas, um acordo de cessar-fogo com Israel e negociações internacionais.

Estima-se que pelo menos 50 reféns permaneçam na Faixa de Gaza, 20 dos quais estarão vivos e 30 mortos, segundo o Exército israelita.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou este fim de semana que poderá aceitar um acordo com o Hamas na condição de todos os reféns em cativeiro em Gaza "serem imediatamente libertados".

O líder israelita tornou pública a proposta num comunicado, numa altura em que, segundo várias informações, uma delegação do grupo islamita palestiniano se encontra no Cairo para conversações com mediadores egípcios sobre um cessar-fogo em Gaza.

Netanyahu apelou também para o desarmamento do Hamas, a desmilitarização da Faixa de Gaza e a criação de um Governo que não seja do Hamas ou da Autoridade Palestiniana.

O primeiro-ministro israelita enfrenta mais pressão a nível interno: no domingo, entre 500.000 e um milhão de pessoas saíram à rua no país para exigir um acordo que garanta a libertação dos reféns.

O protesto, convocado por familiares dos reféns, foi um dos maiores desde o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, a 07 de outubro de 2023, em retaliação a um ataque realizado horas antes pelo Hamas em território israelita, fazendo cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

A guerra no enclave palestiniano fez, até agora, pelo menos 62.004 mortos, na maioria civis, e 154.906 feridos, além de milhares de desaparecidos, presumivelmente soterrados nos escombros, e mais alguns milhares que morreram de doenças, infeções e fome, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Prosseguem também diariamente as mortes por fome, causadas pelo bloqueio de ajuda humanitária durante mais de dois meses, seguido da proibição israelita de entrada no território de agências humanitárias da ONU e organizações não-governamentais (ONG).

Alguns mantimentos estão desde então a entrar a conta-gotas e a ser distribuídos em pontos considerados seguros pelo Exército, que regularmente abre fogo sobre civis palestinianos famintos, tendo até agora matado 1.908 e ferido pelo menos 13.863.

Há muito que a ONU declarou o território em grave crise humanitária, com mais de 2,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" e "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Já no final de 2024, uma comissão especial da ONU tinha acusado Israel de genocídio em Gaza e de estar a usar a fome como arma de guerra, situação também denunciada por países como a África do Sul junto do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), uma qualificação igualmente utilizada por organizações internacionais e israelitas de defesa dos direitos humanos.

Leia Também: Hamas terá aceitado acordo de tréguas e de libertação de reféns

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