Em Porto Rico, território norte-americano devastado em 2017 pelo furacão Maria, mais de 150.000 habitantes ficaram sem energia elétrica devido aos efeitos da tempestade, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
O primeiro furacão da temporada no Atlântico Norte intensificou-se no sábado até atingir a categoria máxima cinco.
Foi classificada como catastrófica pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, antes de a velocidade dos ventos ter diminuído e a categoria ter sido baixada para três.
Mas, no domingo à noite, cerca das 23:00 (04:00 de hoje em Lisboa) o NHC informou que o Erin voltou a "intensificar-se para um furacão de categoria quatro".
O NHC alertou então para a possibilidade de "ondas e correntes potencialmente mortais na costa leste" dos Estados Unidos.
O centro do furacão estava localizado a meio da madrugada a cerca de 205 quilómetros das Ilhas Turcas e Caicos, com ventos sustentados de 215 quilómetros por hora (km/h).
A previsão do NHC era de que o centro do furacão passasse a leste e nordeste das Ilhas Turcas e Caicos e a sudeste das Bahamas nas próximas horas.
No início do sábado, os ventos atingiram 255 km/h.
"São esperadas flutuações de intensidade nos próximos dias devido a mudanças na estrutura interna do sistema", alertou o NHC.
"O Erin está a tornar-se um sistema mais vasto", explicou a organização especializada em furacões com sede em Miami que, tal como outros serviços meteorológicos norte-americanos, sofreu cortes orçamentais impostos pela administração do Presidente Donald Trump.
O furacão Erin atingiu o nível máximo da escala Saffir-Simpson pouco mais de 24 horas depois de ter sido classificado como categoria um, uma intensificação rápida que os cientistas associam cada vez mais ao aquecimento global.
Poderá causar até 200 milímetros de chuva em algumas áreas isoladas, de acordo com o NHC, que alertou para "inundações significativas, bem como deslizamentos de terra ou correntes de lama".
A temporada de furacões, que vai do início de junho ao final de novembro, deve ser mais intensa do que o normal este ano, de acordo com as previsões das autoridades meteorológicas norte-americanas.
Em 2024, a região foi marcada por várias tempestades muito fortes e mortíferas, entre as quais o furacão Hélène, que causou mais de 200 mortos no sudeste dos Estados Unidos.
Ao aquecer os mares, as alterações climáticas tornam mais provável a rápida intensificação das tempestades e aumentam o risco de fenómenos mais poderosos, segundo os cientistas.
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