O último balanço provisório aumentou para 660 mortos e 929 feridos, disse a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) do Paquistão, indicando que as chuvas torrenciais afetaram várias regiões do país.
O mesmo organismo indicou que a maioria das mortes ocorreu nos últimos dias na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão, onde morreram 392 pessoas.
O diretor-geral da autoridade provincial de gestão de catástrofes, Asfandyar Khattak, disse que os distritos de Buner e Shangla foram fortemente afetados pelas chuvas entre sexta-feira e domingo.
Tratam-se de zonas remotas, em regiões montanhosas, onde as cheias, descritas pelos sobreviventes como "muros de lama e pedras", destruíram casas e pontes e dificultaram os esforços de resgate.
Cerca de dois mil socorristas voltaram ao terreno para tentar localizar os desaparecidos entre os escombros.
Enquanto as buscas continuam no noroeste, a ameaça das monções desloca-se agora para sul e leste do país, com alertas de chuvas intensas até 20 de agosto, principalmente na província oriental de Punjab e no sul de Sindh, onde se situa Carachi, a cidade mais populosa do Paquistão.
De acordo com os especialistas, o Paquistão é um dos países mais vulneráveis a eventos climáticos extremos do mundo.
Em 2022, as chuvas, na época das monções, fizeram mais de 1.700 mortos e perdas económicas superiores a 30 mil milhões de euros.
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