Rubio reitera apelo a "diálogo de boa-fé" em chamada com Serguei Lavrov

O secretário de Estado norte-americano Marco Rubio reiterou ao homólogo russo Serguei Lavrov, numa chamada telefónica entre ambos, o apelo a um "diálogo construtivo e de boa-fé com a Ucrânia" para a paz entre os países-vizinhos.

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© John McDonnell/Getty Images

Lusa
29/05/2025 06:40 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Ucrânia

Numa nota divulgada pelo Departamento de Estado, a porta-voz Tammy Bruce afirmou que Rubio "reiterou os apelos do Presidente [Donald] Trump para um diálogo construtivo e de boa-fé com a Ucrânia como o único caminho para pôr fim a esta guerra".

 

Na conversa de quarta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Rubio saudou ainda a troca de prisioneiros "1.000 por 1.000" entre a Rússia e a Ucrânia no fim de semana, adiantou Bruce.

A Rússia e a Ucrânia realizaram as suas primeiras conversações diretas em três anos na Turquia a 16 de maio, durante as quais concordaram com uma troca de mil prisioneiros de cada lado, mas sem mais avanços significativos.

Apesar da implementação bem-sucedida deste acordo, nos últimos dias a Rússia intensificou os seus bombardeamentos a Kiev e a outras cidades da Ucrânia, que respondeu com ataques de 'drones' em solo russo.

Também na quarta-feira, a Ucrânia declarou-se disposta a participar em novas discussões diretas com a Rússia, em Istambul a 02 de junho, mas defendeu que Moscovo deve apresentar antecipadamente as suas condições para a paz, para que a reunião produza resultados.

"Não nos opomos a novas reuniões com os russos e aguardamos o seu memorando", declarou o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, numa mensagem na rede social X.

"A parte russa ainda tem pelo menos quatro dias antes da sua partida [para Istambul] para nos fornecer o seu documento para análise", argumentou.

A posição ucraniana surge na sequência da proposta de Lavrov para a realização da segunda ronda de negociações em Istambul.

Antes, o negociador-chefe da Rússia, Vladimir Medinsky, tinha anunciado que Moscovo está pronta para iniciar negociações com a Ucrânia sobre o conteúdo de um memorando de resolução do conflito e as condições para um cessar-fogo.

"Telefonei ao ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, e propus hoje uma data e um local para uma reunião de troca de memorandos e uma lista de condições para a cessação das hostilidades", disse Medinski no canal Telegram.

Nesse sentido, Lavrov indicou que Moscovo está pronta para apresentar a Kiev o seu projeto de "memorando" de paz.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo deu nota anteriormente da conversa telefónica entre Lavrov e Rubio sobre "os preparativos da parte russa para propostas específicas para o próximo ciclo de discussões diretas entre a Rússia e a Ucrânia em Istambul".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus pediram o agravamento das sanções contra Moscovo.

Após uma aproximação com o líder do Kremlin, o próprio Presidente norte-americano, Donald Trump, disse no fim de semana que está a considerar sanções contra a Rússia por estes últimos ataques, alegando que Vladimir Putin "ficou completamente louco".

"Quando o Presidente Trump falou com o Presidente [Vladimir Putin] há pouco mais de uma semana, os russos disseram que iriam elaborar aquilo a que chamam um memorando, aquilo a que eu chamo um termo de compromisso. Um termo de compromisso significa: 'Ok, é assim que chegamos à paz'. Já recebemos isso do lado ucraniano. Precisamos de receber isso do lado russo", indicou o enviado dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg.

O enviado norte-americano afirmou que o plano é juntar os documentos com os termos russos e ucranianos e estabelecer linhas vermelhas para ambos os lados.

A Rússia, cujo Exército ocupa quase 20% do território ucraniano, continua a impor as suas exigências maximalistas, que implicam o reconhecimento de quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) e a península anexada da Crimeia, a desmilitarização do país vizinho e a recusa da adesão de Kiev à NATO.

Por seu lado, Kiev, mais os aliados ocidentais, exige uma trégua antes de conversações de paz com o Presidente russo, Vladimir Putin, e não abdica da soberania sobre as regiões parcialmente ocupadas.

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