Justiça francesa rejeita pedido de CEO do Telegram para viajar até Oslo

A justiça francesa rejeitou o pedido do fundador e presidente executivo (CEO) do Telegram, investigado por cumplicidade em atividades criminosas, para viajar até Oslo para dar uma palestra, disse à AFP a procuradoria de Paris.

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© AOP.Press/Corbis via Getty Images

Lusa
24/05/2025 23:56 ‧ há 4 horas por Lusa

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A Fundação dos Direitos Humanos (HRF, na sigla inglesa), organizadora do Oslo Freedom Forum, anunciou num comunicado, hoje, que "os tribunais franceses recusaram o pedido" de Pavel Durov para viajar para a Noruega para participar no evento que decorre na terça-feira.

 

Pavel Durov foi convidado para discursar no encontro anual "sobre os temas da liberdade de expressão, vigilância e direitos digitais".

"É lamentável que os tribunais franceses estejam a impedir Durov de participar num evento no qual a sua voz seria tão valiosa", disse o fundador e presidente da HRF, Thor Halvorssen, no comunicado.

"Tecnologias como o Telegram são ferramentas essenciais para aqueles que se opõem à tirania. Isto é mais do que uma desilusão para a nossa comunidade: é um retrocesso para a liberdade", acrescentou Halvorssen.

No entanto, Durov falará no evento por videoconferência a partir de França.

Em meados de maio, os tribunais franceses já tinham rejeitado o pedido de Pavel Durov para viajar até aos Estados Unidos para se reunir com investidores. No entanto, foi autorizado a viajar para o Dubai entre meados de março e o início de abril.

A 17 de maio, o empresário russo, de 40 anos, que se tornou cidadão francês em 2021, publicou várias mensagens no X, acusando Nicolas Lerner, chefe do serviço de informações estrangeiro franceses, de lhe ter "pedido para banir as vozes conservadoras na Roménia antes das eleições presidenciais marcadas para o mesmo dia".

"Recusei. Não bloqueamos manifestantes na Rússia, na Bielorrússia ou no Irão. Não o faremos na Europa", acrescentou o fundador da rede social Telegram.

O serviço de informações estrangeiro francês, a Direção Geral de Segurança Externa, "refutou vigorosamente" as acusações do CEO do Telegram, ao mesmo tempo que indicou que "foi efetivamente obrigado, em diversas ocasiões nos últimos anos, a entrar em contacto direto com Pavel Durov para o lembrar firmemente das responsabilidades da sua empresa (...) em termos de prevenção de ameaças terroristas e de pornografia infantil".

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