Não é novidade que a prática de exercício físico é essencial para a saúde e bem-estar. O exercício pode mesmo dar anos de vida. Porém, algumas modalidades são de grande impacto para o corpo e, por isso, não podem ser praticadas toda a vida.
Mas há um tipo de exercício físico que pode, e deve, ser praticado sempre. Falamos de caminhar.
Se quiser dar prioridade a um exercício que a ciência tem associado repetidamente à longevidade, o fisioterapeuta e autor Lex Gonzales, citado pelo site Parade, diz que não há melhor do que caminhar.
Existem quatro razões principais pelas quais Gonzales afirma que caminhar é o melhor exercício para um envelhecimento saudável.
Em primeiro lugar, melhora a saúde do coração e a circulação. Em segundo lugar, afirma que a caminhada contribui para a saúde das articulações, mantendo-as móveis sem as sobrecarregar indevidamente. Em terceiro lugar, explica que caminhar ajuda a manter o equilíbrio e a coordenação, o que pode reduzir o risco de quedas. Por último, salienta que caminhar é muito acessível. Não é necessário nenhum equipamento especial e, é grátis.
"Andar a pé é um exercício tão importante para os adultos mais velhos que é considerado o sexto sinal vital", diz Gonzales - os outros são a tensão arterial, a frequência cardíaca, a frequência respiratória, a temperatura e a saturação de oxigénio.
Aliás, caminhar é a principal forma de exercício para as pessoas nas Zonas Azuis, as regiões do mundo onde as pessoas vivem regularmente até aos 100 anos e com boa saúde. Nestas regiões, as pessoas não fazem exercícios intensos, mas sim caminhadas ao longo do dia.
Além de caminhar, existem outros tipos de exercício físico que ajudam no que toca à longevidade.
"Existem quatro tipos gerais de exercício: treino de força, treino aeróbico ou cardiovascular, treino de flexibilidade e treino neuromuscular ou de equilíbrio/agilidade. Deve fazer os quatro tipos de exercício todas as semanas", explica Karen C. Westervelt, fisioterapeuta e diretora do programa educacional do programa de Saúde Integrativa da Universidade de Vermont.
A autora aponta para as diretrizes de atividade física do American College of Sports Medicine, que recomendam pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada e dois dias de treino de força por semana. A especialista afirma que o treino de força é especialmente importante.
"Uma das alterações fisiológicas que ocorrem à medida que envelhecemos é a sarcopénia, ou seja, a perda de massa muscular. Esta perda de massa muscular relacionada com a idade é acelerada quando se é sedentário", explica, acrescentando que o treino de força regular ajuda a proteger contra esta situação.
Tal como as diretrizes do American College of Sports Medicine especificam, o treino da flexibilidade e o treino do equilíbrio/agilidade também são importantes.
"Precisamos de alongar cada músculo principal pelo menos duas vezes por semana. Muitas pessoas esquecem-se ou não se apercebem de que é necessário treinar o equilíbrio. Tal como precisamos de treinar os nossos músculos para ficarmos mais fortes, precisamos de praticar o nosso equilíbrio estático e dinâmico para termos um bom equilíbrio. Isto é particularmente importante à medida que envelhecemos para evitar quedas."
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