A inflação no Reino Unido superou as previsões, em julho, acelerando para 3,8%, em termos homólogos, e contra 3,6% em junho, anunciou hoje o Gabinete Nacional de Estatísticas (ONS), aumentando a pressão sobre o governo britânico.
Este nível de inflação, o mais elevado desde janeiro de 2024, é superior às expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que previam uma subida de 3,7%.
"Estamos longe da inflação de dois dígitos que vivemos no Governo anterior, mas ainda há muito a fazer para aliviar o custo de vida", reconheceu a ministra das Finanças, Rachel Reeves, em comunicado citado pela AFP.
A divulgação deste número segue-se ao anúncio, na semana passada, do crescimento do produto interno bruto (PIB) do segundo trimestre, que se manteve em 0,3%, alimentando receios de estagflação (inflação sustentada combinada com crescimento frágil).
Esta taxa de inflação aumenta ainda mais a pressão sobre o Governo trabalhista, que luta para reativar a atividade económica depois de ter anunciado aumentos significativos de impostos e cortes drásticos nas finanças públicas no ano passado.
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