Trabalhadores do Porto de Sines em greve. PSA quer manter "diálogo"

A PSA Sines manifestou-se hoje comprometida em manter "o diálogo construtivo" com os parceiros sociais na sequência da greve dos trabalhadores no Terminal XXI do Porto de Sines, distrito de Setúbal, em curso até 6 de junho.

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© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens 

Lusa
27/05/2025 12:23 ‧ há 4 dias por Lusa

Economia

Greve

"A PSA Sines reafirma o seu firme compromisso com a transparência, negociações de boa-fé e comunicação aberta com todas as partes interessadas, em especial, os trabalhadores e os seus representantes", explicou a empresa, em resposta enviada por correio eletrónico a questões colocadas pela agência Lusa.

 

Em causa está a greve parcial, às últimas duas horas de cada turno, dos trabalhadores da PSA Sines e LaborSines, convocada pelo Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), que arrancou esta segunda-feira e prolonga-se até 06 de junho.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o sindicato justificou que a greve "surge como resposta à falta de respeito e de diálogo sério por parte da administração da PSA Sines e da LaborSines".

À Lusa, a empresa, que opera o maior terminal de contentores do país, assegurou o seu empenho "de forma consistente, com honestidade [e] respeito" no processo negocial, com o objetivo "de alcançar resultados que fossem ao encontro das expectativas de ambas as partes".

"Desde o início do processo de negociação, foram realizadas cinco reuniões com o parceiro social", tendo sido "fornecidas atualizações atempadas, partilhados conhecimentos relevantes sobre o negócio, condições de mercado e cenário competitivo, de forma aberta e construtiva", reforçou a empresa.

Para a diretora de Recursos Humanos da PSA Sines, Carla Niza, citada nas respostas enviadas à Lusa, as conversações com o sindicato "foram sempre conduzidas com integridade e com uma intenção sincera de encontrar uma base comum".

"Continuamos abertos e empenhados em prosseguir as negociações num espírito de colaboração", acrescentou.

Na segunda-feira, Ricardo Raposo, dirigente do SIEAP, afiançou à Lusa que os trabalhadores avançaram com a greve "porque a administração da PSA Sines e da LaborSines têm sistematicamente ignorado as reivindicações e propostas" apresentadas.

Entre as principais exigências está "a alteração do horário" de trabalho e "a reposição do dia de aniversário", precisou.

"Neste momento, estamos com um horário que é seis meses de inverno, seis meses de verão, sendo que, no verão, temos uma carga horária gigante que está a causar muito descontentamento, muito desgaste e a encurtar muito do tempo dos trabalhadores com a família", explicou.

Com esta paralisação, os trabalhadores reclamam "um horário igual durante o ano inteiro", com "um dia de sobreposição em que estão dois turnos a trabalhar", o que vai possibilitar "qualidade de vida", indicou o dirigente.

Entretanto, já após o início da greve, o SIEAP indicou à Lusa ter sido convocado para uma reunião, na quinta-feira, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação e os secretários de Estado da Economia e do Mar, em Lisboa.

Leia Também: Governo de Molambique quer travar greve dos médicos. "Ninguém ganha"

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